NATO. "Vamos continuar a apoiar a Ucrânia"
O secretário da defesa norte-americano, Lloyd Austin expressou hoje o "apoio" às capacidades de defesa dos ucranianos, mas esclareceu que o "compromisso férreo" é com a defesa de territórios dos 30 países aliados.
Numa breve declaração à entrada para a reunião dos ministros da Defesa da NATO, sem direito a perguntas dos jornalistas, vincou que "a Ucrânia tem um governo legítimo e soberano, apoiamos a capacidade deles para se defenderem e vamos continuar a apoia-los".
Sem mencionar a proposta da Polónia, o secretário da defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin afirma que está e Bruxelas para demonstrar o compromisso com os aliados.
"Mantemo-nos unidos no nosso apoio à Ucrânia e condenamos a invasão não-provocada e injustificada da Ucrânia, afirmou Lloyd Austin, vincando, porém, que o compromisso é com a defesa do território dos 30 países membros da Aliança, de acordo com o estabelecido no Tratado do Atlântico Norte.
"O nosso compromisso com o Artigo 5º é um compromisso férreo, e podem ter a certeza, como o presidente disse várias vezes, que o vamos cumprir", assegurou o secretário americano da defesa.
Além da avaliação sobre a guerra na Ucrânia, o secretário-geral da NATO, afirmou que os ministros da Defesa vão também analisar o novo paradigma de segurança na Europa, depois da invasão Russa, considerando que as consequências da guerra não se restringem às fronteiras ucranianas
"Isto é devastador para os ucranianos, e vai também alterar o nosso ambiente de segurança, vai ter consequências persistentes para a nossa segurança e para todos os aliados da NATO", afirmou Stoltenberg, destacando que em resposta à invasão da Ucrânia, os membros da aliança estão a adotar medidas.
"Estamos a reforçar a nossa defesa coletiva, com centenas de milhar de tropas em alerta máximo, com centenas de milhar de tropas norte americanas na Europa, tendo 40 mil tropas sob o comando direto da Nato, maioritariamente anos parceiros do leste, com apoio de forças aéreas", sublinhou.
Nem o secretário-geral da Aliança Atlântica, nem o secretário americano da Defesa se referiram à possibilidade de lançar no terreno uma missão de enquadramento humanitário, mas com capacidades autónomas de defesa, como foi proposto pela Polónia.
A reunião acontece num dos períodos mais sensíveis da segurança europeia. Ontem, o secretário geral da Nato apelou hoje à china para não alimentar uma guerra brutal como a Ucrânia, através qualquer tipo de apoio à Rússia. Jens Stoltenberg convidou a China a expressar condenação para que a Rússia não prolongue esta guerra.
"A China deve juntar-se ao resto do mundo, e condenar veementemente a brutal invasão da Ucrânia pela Rússia e qualquer apoio à Rússia", defendeu, considerando que "o apoio militar ou qualquer outro tipo de apoio, na realidade, ajudará a Rússia a conduzir uma guerra brutal contra uma nação soberana e independente, a Ucrânia e ajudará a prolongá-la, fazendo uma guerra que está causar morte, sofrimento e uma enorme destruição".