NASA mostra como a poluição diminuiu drasticamente na China depois do vírus

A agência espacial divulgou imagens de satélite onde mostra níveis decrescentes de dióxido de nitrogénio na China, considerando a epidemia por covid-19 como responsável.
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Na China, as ruas estão mais vazias, as fábricas a parar e não só a economia nacional e internacional regista mazelas. A mudança de panorama devido à epidemia provocada pelo novo coronavírus, covid-19, está também a mudar o ar que se respira no território chinês. A conclusão é da NASA, que este sábado divulgou imagens de satélite onde mostra um declínio significativo nos níveis de poluição da China, admitindo que "pelo menos em parte" se deverá ao surto, escreve a BBC.

A prova disso, explica a agência, é que a descida dos níveis de dióxido de nitrogénio (um gás nocivo e emitido por automóveis e instalações industriais) foi inicialmente registada na cidade de Wuhan, precisamente onde surgiu o vírus. À medida que o covid-19 se alastrou pelo país, também este fenómeno ambiental.

"É a primeira vez que vejo uma queda tão dramática numa área tão ampla causada por um evento específico", disse Fei Liu, investigador de qualidade do ar do Centro de Voo Espacial Goddard, da NASA, em comunicado. Só em ocasiões específicas é que foram observados resultados tão reduzidos, embora nunca tenham ocorrido por um longo período de tempo. Como é o caso das celebrações do Ano Novo chinês, entre o final de janeiro e o início de fevereiro.

"Este ano, a taxa de redução é mais significativa do que nos últimos anos e durou mais", disse o especialista. Quando comparadas imagens de 2019, entre o início de janeiro e o final de fevereiro, e de 2020 pela mesma altura, as diferenças são claras. A agência espacial concluiu que o período coincide com aquele em que os transportes e a indústria sofreram restrições, como resultado da quarentena de milhões de funcionários.

A doença covid-19, resultante de um novo tipo de coronavírus que se alastrou pelo mundo a partir da China, já fez quase três mil mortos e mais de 87 mil infetados. Em Portugal, continua a não haver nenhum caso confirmado.

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