Napolitano diz adeus e deixa Itália com crise da sucessão nos braços

Desta vez o chefe do Estado, de 89 anos, despede-se mesmo do Palácio do Quirinale. Se falhar eleição do candidato, o primeiro-ministro Matteo Renzi poderá antecipar eleições.
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A uma criança que o interpelou na Praça do Quirinale, Giorgio Napolitano respondeu: "Claro que estou contente de voltar para casa." O presidente italiano, de 89 anos, ainda não tinha assinado a demissão, mas esta deve ser formalizada hoje. E diante dos jornalistas, dos guardas da presidência e dos funcionários do palácio, Napolitano garantiu, em declarações citadas pelo Corriere della Sera: "Aqui está-se bem, é tudo muito bonito, mas é um pouco como uma prisão. Em casa estarei bem e vou passear."

De chapéu e sobretudo preto, o antigo militante comunista, que em 2013 aceitou ficar como presidente depois de os partidos não terem conseguido chegar a acordo para lhe arranjar um sucessor, desta vez está mesmo decidido a dizer adeus. E deixa nas mãos do primeiro-ministro Matteo Renzi a tarefa de encontrar um nome capaz de reunir consenso suficiente no Parlamento - ao qual cabe a tarefa de escolher o chefe do Estado.

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