O advogado de um dos nadadores norte-americanos ainda retidos no Brasil, no âmbito do caso em que os atletas mentiram em relação a um assalto que não existiu, revelou hoje que o seu cliente fez um acordo com a justiça e vai pagar uma multa de 35 mil reais (9500 euros) para sair do país. Essa verba será doada a uma instituição de solidariedade..Breno Melaragno não especificou qual a instituição que irá beneficiar do valor da multa, mas explicou que no Brasil é possível fazer este género de acordos que envolvem solidariedade para evitar acusações criminais por pequenos delitos. O nadador James Feigen estava indiciado por falsa comunicação de crime..[artigo:5345617].O atleta foi ouvido pelas autoridades ontem, já depois de a polícia ter esclarecido o caso do falso assalto, e acordou pagar esse valor para poder sair do país..Também os nadadores Gunnar Bentz e Jack Conger tiveram autorização para deixar o Brasil, depois de terem esclarecido o caso junto das autoridades, confirmando que não havia existido nenhum assalto. Os dois tinham sido retirados ontem de um avião quando se preparavam para regressar aos Estados Unidos..A polícia veio depois a público chamar os atletas de mentirosos, uma vez que relataram ter sido assaltados, quando, afinal, foram protagonistas de um ato de vandalismo numa bomba de gasolina, sob a influência do álcool.."As nossas autoridades desculparam-se com eles por uma situação que não aconteceu, como foi relatada. Eles devem desculpas aos 'cariocas' [cidadãos do Rio de Janeiro]. Acusaram até polícias, mas não digo para pedirem desculpas aos polícias. Devem desculpas ao Rio", afirmou o chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Fernando Veloso, em declarações aos jornalistas..E assim aconteceu. O Comité Olímpico dos Estados Unidos (USOC) pediu hoje desculpas públicas pelo comportamento dos quatro atletas. O responsável pelo organismo, Scott Blackmun, esclareceu que a polícia brasileira devolveu os passaportes dos nadadores Gunnar Bentz e Jack Conger e que eles deixaram o país..[artigo:5346343].O quarto nadador envolvido nas falsas declarações, o medalhado Ryan Lochte, já tinha saído do Brasil quando o escândalo rebentou.