Museu da Farmácia recebe vacinas russas para exposição
OMuseu da Farmácia recebeu esta semana vacinas russas que vão fazer parte da exposição dedicada à pandemia de covid-19. Estas foram escolhidas não pela sua eficácia, mas por terem sido as primeiras vacinas a serem anunciadas no mundo. As vacinas foram oferecidas por "um cidadão russo, que se quer manter anónimo, que teve conhecimento do facto de o museu estar nesta busca para ter a primeira vacina anunciada publicamente, neste caso pelo presidente russo Vladimir Putin." explica João Neto, diretor do Museu da Farmácia.
O museu tem-se dedicado à recolha de material que possa contar a história da pandemia e como foi combatida e vivida. "Temos as embalagens das primeiras vacinas a serem administradas em Portugal, máscaras, os primeiros estudos dos testes à covid, e até os que estão a ser aplicados atualmente para diagnóstico", frisou. João Neto lembra que as embalagens de vacinas que têm estão vazias e que servem exclusivamente para exposição. O museu conta até com a seringa que inoculou o secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Lacerda Sales.
O diretor do Museu da Farmácia considera que é importante ficar com uma imagem materializada destes objetos para memória futura. "A história da saúde faz-se todos os dias mas há momentos como este que estamos a viver, que têm de ser conservados, e o museu tem feito muito deste trabalho de conservação." O espólio do museu vai contar, em breve, com desenhos feitos por uma enfermeira do Hospital Santa Maria durante o período mais crítico da pandemia como forma de descontração.