Mundo islâmico protesta contra Charlie. Hollande defende liberdade de expressão

No Níger, atacaram-se igrejas e cinco pessoas morreram durante as manifestações. Paris proibiu protesto anti-imigração
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O presidente francês François Hollande considerou ontem que os manifestantes anti-Charlie Hebdo não entendem o quanto a liberdade de expressão é importante para a França. Hollande referia-se aos protestos - alguns deles violentos - que, sexta-feira e ontem, levaram à rua milhares de pessoas em vários países muçulmanos do Médio Oriente, Norte de África e Ásia.

"Apoiámos estes países na luta contra o terrorismo", disse o chefe de Estado francês na sua visita à cidade de Tulle, no sul de França, e adiantou: "Continuo a manifestar a minha solidariedade para com eles mas a França tem princípios e valores, em especial a liberdade de expressão" de que não abdica.

O chefe do Eliseu referia-se implicitamente a países como Argélia, Níger e Paquistão onde milhares de manifestantes condenaram a capa do primeiro número do Charlie Hebdo depois dos atentados de dia 7, que levaram à morte de 12 pessoas, entre elas oito jornalistas e desenhadores do jornal satírico. Isto por nela estar representado o profeta Maomé blasfémia para os muçulmanos.

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