Mulheres vão ocupar casas de banho dos homens
Estudantes chinesas "fartas" das filas de espera à porta das casas de banho anunciaram hoje que vão estender a Pequim o seu singular protesto contra "a desigual distribuição dos sanitários públicos".
Como fizeram há uma semana em Cantão, no sul da China, no proximo domingo, Li Tingting e vinte outras alunas da Universidade ChangAn propõem-se ocupar uma casa de banho de homens na capital do país.
"Queremos chamar a atenção dos líderes nacionais. É uma questão importante para muitas mulheres", disse Li Tingting à AFP.
Uma ação idêntica está prevista para Shenzhen, zona económica especial, adjacente a Hong Kong.
O movimento chama-se "Ocupar Casas de Banho de Homens", numa alusão ao "Movimento Ocupar Wall Street", que agitou Nova Iorque em 2011 e que teve grande destaque na imprensa oficial chinesa.
Um estudo norte-americano citado por um jornal de Pequim indica que, em média, um homem usa a casa de banho durante 30 segundos, enquanto as mulheres demoram uma minuto e meio.
As promotoras do movimento reclamam um aumento do número de casas de banho para mulheres e a avaliar pelos comentários nos jornais e na Internet, as reações do público têm sido favoráveis.
"No início, os homens ficaram chocados, mas depois de lerem a carta que distribuímos, a maioria mostrou-se compreensível", disse ao jornal Global Times uma das ativistas envolvidas no protesto de há uma semana.