MPT pressionado por causa das taxas do Benfica
O Partido da Terra (MPT) tem sido pressionado na Assembleia Municipal de Lisboa por causa da votação da isenção das taxas solicitada pelo Sport Lisboa e Benfica. Quem o revela é o próprio líder partidário, José Inácio Faria, falando de "alguma pressão" quer da parte do PS quer do PSD (os socialistas querem que vote a favor e os sociais-democratas contra).
O líder do MPT confirmou ainda ao DN que tem havido "conversas informais" com o PS relativamente à Assembleia Municipal, mas nega que, "neste momento", estejam em curso "negociações" entre as duas forças políticas, como referia a edição de ontem do jornal Expresso. "Obedece a uma estratégia mais alargada", sublinha José Inácio Faria, lembrando que os dois partidos estão coligados na Região Autónoma da Madeira e que em breve haverá eleições legislativas. "É uma estratégia global", frisou. A existirem, estas negociações permitiram ao executivo de António Costa governar a capital sem os Cidadãos por Lisboa (CpL), encabeçados por Helena Roseta, que se opõe à isenção das taxas pedida pelo Benfica. Apesar de perder seis votos (os representantes dos CpL), basta o único voto do MPT para que os socialistas tenham maioria na assembleia.
O PS de Lisboa negou que esta informação seja verdadeira e em comunicado garantiu que o acordo com os CpL continua de pé e é para cumprir. Também Helena Roseta, presidente da AML, assegura ao DN que não tem "nenhum sinal de que [informação veiculada] seja verdade" e que a notícia [de que estaria a ser posta de parte pelo PS] "cheira a intriga".