Movimento apela à retirada do estaleiro da ponte pedonal

O "Movimento Cívico Por Aveiro", que se tem oposto à construção de uma ponte pedonal sobre o Canal Central da Ria, na cidade de Aveiro, apelou hoje à "remoção imediata do estaleiro no Rossio".
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Em comunicado, aquele movimento defende que o estaleiro da obra deve ser desmontado, "tendo passado várias semanas sobre a desistência do construtor da Ponte Pedonal no Canal Central, e perante o evidente impasse, admitido na semana passada pela autarquia" em reunião pública do executivo.

"Recordamos que a empresa construtora se comprometeu a executar essa tarefa no prazo de uma semana, pelo que o movimento não percebe a razão de tal demora", escrevem os responsáveis do movimento cívico, para quem o estaleiro "penaliza de forma significativa a cidade, os cidadãos e os seus agentes económicos".

A Câmara de Aveiro tem insistido no projeto da ponte pedonal, orçado em cerca de 600 mil euros, alegando a maioria PSD/CDS-PP tratar-se do cumprimento de uma promessa eleitoral.

Este projeto tem sido alvo de forte contestação, dinamizada pelo movimento cívico, que recolheu mais de 3 500 assinaturas, considerando que a obra vai desvirtuar o principal canal da Ria na cidade e não deve avançar na atual conjuntura económica.

"Num momento em que o país atravessa um período de particular dificuldade económica e financeira, com orientações para uma grande contenção e seletividade na aplicação de recursos públicos", o movimento questiona como é que a autarquia do "terceiro município mais endividado do país", pretende fazer o investimento na construção de uma Ponte Pedonal no Canal Central.

Para o presidente da Câmara Municipal de Aveiro, Élio Maia, a contestação surgiu "tarde e a más horas", depois de três anos em que o projeto foi divulgado por várias formas.

Segundo o autarca, a ponte é parte integrante do projeto do Parque da Sustentabilidade, o qual fez parte do programa eleitoral da maioria que ganhou as eleições autárquicas, pelo que se trata do cumprimento de uma promessa eleitoral. A desistência do empreiteiro a quem a obra foi adjudicada criou, porém, um novo impasse.

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