A investigação do Ministério Público (MP) concluiu que o motorista, um militar da GNR, foi o "único responsável pelo acidente" que, seguindo em "marcha assinalada de urgência, violou grosseiramente regras de circulação rodoviária, ignorando designadamente a obrigação de parar no sinal vermelho, pondo assim em perigo terceiros"..O MP arquivou, contudo, três crimes de ofensa à integridade física negligente por "falta de apresentação de queixa por parte das vítimas". .O acidente de viação envolveu uma viatura do Ministério da Administração Interna (MAI), na qual seguia o então secretário-geral do Sistema de Segurança Interna, que ficou gravemente ferido, e outra que estava ao serviço do então presidente da Assembleia da República, Jaime Gama, que não seguia no veículo..O acidente ocorreu na Av. Liberdade, em Lisboa, no dia 27 Novembro de 2009. .A Associação de Cidadãos Auto-Mobilizados (ACAM-M), que se constituiu assistente no processo, convocou para depor Rogério Pinheiro, ex-director-geral de Viação e João Dias, investigador do Instituto Superior Técnico, com larga experiência em reconstituição de acidentes. .Joaquim da Silva Fernandes, na altura motorista do juiz conselheiro Mário Mendes, é considerado o único culpado do acidente e vai responder por um crime de condução perigosa por alegadamente ter passado, sem abrandar, um sinal vermelho..O julgamento está marcado para os Juízos Criminais de Lisboa, no Campus Justiça, Parque das Nações.