Motorista de Macron fugiu à polícia ao ser apanhado em excesso de velocidade

Não é a primeira vez que funcionários do Eliseu têm problemas com as autoridades. Um dos seguranças do presidente francês foi despedido depois de ter sido filmado a agredir um manifestante no 1.º de Maio.
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Não estava ao serviço do presidente francês - era o dia de folga - mas está a causar embaraço a Emmanuel Macron. "Stéphane P" , o motorista de Macron, conduzia em excesso de velocidade e terá fugido à polícia quando os agentes o mandaram parar.

Segundo os media franceses, Stéphane P, conduzia um carro da frota do presidente e seguia em direção a Versalhes quando a polícia detetou que ia em excesso de velocidade. A polícia afirma que o motorista ignorou a ordem para parar e o carro foi detetado a caminho do palácio presidencial.

O motorista já foi formalmente acusado de desobediência à autoridade, um caso que terá ocorrido em fevereiro. Foi avançado que na altura do incidente o homem não estava de serviço e que entretanto já não trabalha diretamente com Emmanuel Macron - depois de 20 dias de suspensão, continua, contudo, a trabalhar para a presidência, mas com outra função.

De acordo com o site de investigação francês Mediapart, a presidência não quis comentar o caso e alegou que se irá pronunciar apenas quando o motorista for julgado, o que deverá acontecer em janeiro de 2020. O homem enfrenta uma pena máxima de três meses de prisão e uma multa de que pode chegar aos 3.750 euros, caso seja condenado.

É o segundo episódio embaraçoso para Macron, depois do seu oficial de segurança, Alexandre Benalla, ter sido despedido após ter sido filmado com uma braçadeira da polícia a agredir um manifestante no 1.º de Maio, no ano passado.

O site Mediapart revelou que o Palácio do Eliseu tentou esconder o caso, bem como o facto de Benalla ter sido acusado de usar ilegalmente passaportes diplomáticos, como revelou uma investigação.

Neste fim de semana foi ainda anunciado que o chefe da segurança presidencial, o general Lionel Lavergne, foi submetido a um inquérito parlamentar sobre o caso Benalla, e que também ele deixará o cargo já no próximo dia 18 de maio.

O Eliseu rejeita que a saída de Lavergne esteja relacionada com o escândalo e adianta que o funcionário foi promovido.

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