Morte de civis foi planeada, diz procurador do TPI

A morte de civis na Líbia era "um plano pré-determinado" do governo de Muammar Kadhafi antes do início da revolta popular no país, afirmou hoje o procurador do Tribunal Penal Internacional (TPI).
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"Temos provas que mostram que a morte de civis era um plano pré-determinado", disse à agência France Presse o procurador argentino Luis Moreno-Ocampo. Em Janeiro, após a revolta na Tunísia, as autoridades líbias "começaram a preparar-se para enfrentar problemas" no país e "organizaram-se", acrescentou. O movimento de revolta na Líbia começou em meados de Fevereiro.

Moreno-Ocampo anunciou a 3 de Março a abertura de uma investigação por crimes contra a humanidade na Líbia, visando em particular Muammar Kadhafi e três dos seus filhos. O procurador precisou depois que o pedido tendo em vista a obtenção de mandados de detenção seria efetuado semanas após ter sido informado o Conselho de Segurança das Nações Unidas do avanço do inquérito, a 4 de maio.

Quatro outros responsáveis líbios são também visados por Moreno-Ocampo, incluindo o chefe da diplomacia, Moussa Koussa, e o antigo primeiro-ministro Abu Zeyd Omar Dorda.

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