Morsi vê confirmada pena capital entre apelos à revolta
O primeiro presidente egípcio democraticamente eleito, Mohammed Morsi, viu ontem confirmada a pena de morte a que fora condenado por responsabilidade numa fuga em massa de um cadeia do país em 2011, em que é acusado da morte, rapto e outros crimes. Quatro outros importantes dirigentes da Irmandade Muçulmana, de que Morsi era membro, viram também confirmada a pena máxima. Entre estes, o líder espiritual da organização, Mohamed Badie.
Destas sentenças, ainda existe um último e final recurso. Elementos da Irmandade na clandestinidade classificaram como "nulas" e "sem qualquer efeito" as decisões do tribunal e apelaram a um "levantamento popular" para a próxima sexta-feira.
Durante a leitura da sentença, Morsi, que envergava o uniforme de prisioneiro, mostrou-se calmo, sorridente, e acenando para grupos de apoiantes que gritavam "Abaixo a ditadura militar!", enquanto era lido o veredicto do julgamento que decorreu na Academia de Polícia, no Cairo.