Morreu presidente da Associação dos Deficientes das Forças Armadas
José Arruda, o histórico dirigente da Associação dos Deficientes das Forças Armadas (ADFA), morreu este sábado, soube o DN.
O comendador tinha sido operado sexta-feira no Hospital da Cruz Vermelha, desconhecendo as fontes ouvidas pelo DN quais as causas da sua morte.
Fundador da ADFA, José Arruda participou segunda-feira nas cerimónias do 45º aniversário da associação e que foram presididas pelo ministro da Defesa.
João Rebelo (CDS), um dos deputados da Comissão de Defesa que mais tempo trabalhou com José Arruda, disse ao DN que a sua morte "completamente inesperada" representa "uma perda muito grande", porque ele "dedicava-se a 100%" à causa das vítimas da guerra colonial e "independentemente dos partidos ou da cor do governo".
Essa sua "forma empenhada e independente foi vital para que muitas suas suas batalhas fossem vencidas", enfatizou João Rebelo, que falou pela última vez com José Arruda na quinta-feira sobre a legislação que mais o preocupava nos últimos meses: as viúvas dos deficientes militares poderem receber as suas pensões sem cortes e que está em discussão no Parlamento.
Em comunicado, a ADFA elogiou o " lutador intrépido na defesa intransigente do direito à reabilitação e reintegração de todas as pessoas portadoras de deficiência".
"Nesta hora difícil para todos os deficientes militares, a ADFA salienta e recorda o comendador José Arruda, que se entregou abnegadamente à causa da dignidade dos deficientes das Forças Armadas e dos deficientes portugueses em geral, servindo a República com a elevação e a responsabilidade de um cidadão íntegro, dedicado e exemplar", enfatizou a associação.
Notícia atualizada às 21:15, com o comunicado da ADFA