Augusto Sobral, dramaturgo, tradutor e homem do teatro morreu ontem, 2 de fevereiro,.Nasceu em 1933, foi estudante na Escola de Belas Artes de Lisboa e integrou o grupo de oposição MUD Juvenil..Estreou-se como autor, em 1961, com duas peças em um ato - O Borrão, pelo Grupo Cénico da Faculdade de Direito, e Consultório, no TNDM II, com encenação de Artur Ramos, seguida, em 1963, de Os Degraus, peça em dois atos não aprovada pela censura..No teatro, além de autor e tradutor, teve experiência como ator, encenador e cenógrafo. Foi membro fundador do Grupo de Teatro Proposta, em 1975, ao lado de Manuel Coelho, Fernando Gusmão, Luís Alberto e Victor Esteves. Entre os trabalhos deste grupo destaca-se Notícias do Poder (1976).Em 1977 e 1978, escreve com José Carlos Ary dos Santos, para o Grupo 4, o texto-guião dos espetáculos musicados Os Macacões e O Caso da mãozinha misteriosa. Seguiram-se peças, muitas delas publicadas, tais como: Quem matou Alfredo Mann (representada, em 1981, pelo TEAR); Memórias de uma mulher fatal (1981; Prémio da Crítica, ex-aequo para o melhor original português); Abel Abel (1984; Teatro do Bairro Alto); Inexistência (2002; Teatro Mirita Casimiro)..Traduziu, entre outras, as peças Três Irmãs de Tchekhov, Sonho de uma noite de verão de Shakespeare e A Escola de mulheres de Molière. Colaborou ainda com Fonseca e Costa nos guiões dos filmes Os Demónios de Alcácer-Quibir e Viúva rica solteira não fica.Terminada.Em 2012, o encenador Rogério Vieira voltou a Memórias de uma mulher fatal, que encenou e interpretou num espetáculo apresentado no Teatro Nacional D. Maria II. Na folha de sala desse espetáculo, um pequeno texto de Augusto Sobral falava da sua aproximação ao teatro do absurdo..O funeral de Augusto Sobral realiza-se hoje, para o cemitério dos Olivais, em Lisboa, onde o corpo será cremado, disse à agência Lusa fonte próxima do autor. O corpo do dramaturgo sairá da Igreja de Santo Eugénio, no bairro da Encarnação, para o cemitério dos Olivais às 17:30.