Morreu Caroll Spinney, o 'Popas' norte-americano
Caroll Spinney fazia parte da equipa da Rua Sésamo desde a estreia, em 1969, dando corpo e voz a várias personagens. As mais populares foram Big Bird (o Popas português) e Grouch (o nosso Ferrão). Morreu este domingo em casa, no Connecticut, aos 85 anos. Sofria há vários anos de distonia, uma doença que afetava os seus movimentos e tinha-se retirado há um ano.
"Antes da Rua Sésamo não sentia que o que fazia era importante. Big Bird ajudou-me a encontrar o meu propósito", disse o artista sobre o papel do programa de televisão na sua vida.
"Os contributos de Caroll Spinney para a Rua Sésamo são inúmeros. Deu-nos o Big Bird e o Grouch mas também muito dele mesmo. Na Sesame Workshop choramos a sua morte e sentimos uma imensa gratidão por tudo o deu à Rua Sésamo e a crianças de todo o mundo", disse, em comunicado, Joan Ganz Cooney, co-fundadora deste formato que acabaria por ser exportado para vários países, incluindo Portugal.
"Caroll era um génio artístico cujo amor e visão do mundo ajudaram a moldar e definir a Rua Sésamo desde os primórdios, em 1969, e durante cinco décadas. O seu legado no Sesame Workshop e firmamento cultural será para sempre", lamentou, no Twitter, a Sesame Workshp, que produz o programa de televisão, confirmando a morte do colaborador de longa data.
O trabalho na Rua Sésamo deu-lhe dois Grammy e sete Emmy, um deles pela sua carreira, atribuído em 2006 e proporcionou o encontro com a mulher, Debra, que conheceu nas gravações em 1973.
Aos cinco anos começou a interessar-se por marionetas. Nunca mais as deixou. Acompanharam-me adolescência fora e foi graças a elas, conta a BBC, que pagou as propinas da universidade.
Passou pela Força Aérea norte-americana, trabalhou em Las Vegas e Boston, até o seu destino se cruzar com o de Jim Henson, o criador do Muppets (Marretas), que também colaborava na Rua Sésamo.