Modelo que fez "body shaming" acusada de invasão de privacidade
A polícia de Los Angeles acusou Dani Mathers do crime de invasão de privacidade. O caso remonta a julho último, quando a manequim da Playboy partilhou na rede social Snapchat a fotografia de uma idosa nua que se encontrava no balneário do ginásio LA Fitness. Se for condenada pode enfrentar uma pena de prisão até seis meses ou o pagamento de uma multa até mil dólares, cerca de 900 euros.
A fotografia da mulher, de 70 anos, foi publicada sem o seu consentimento, tendo sido considerado um caso de body shaming. "Se eu não posso não ver isto, tu também não", escreveu na altura Dani Mathers na legenda da imagem.
Mike Feuer, procurador de Los Angeles, destacou a importância de condenar quem tem este tipo de comportamento. "O body-shaming é humilhante, com consequências dolorosas a longo prazo. Causa sofrimento e estigmatiza as suas vítimas", realçou, citado pelo Los Angeles Times.
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Apesar de o body shaming não constituir crime, Mike Feuer referiu que "existem circunstâncias" em que este tipo de prática acaba por "invadir a privacidade de outrem", algo que considerou ser "intolerável".
Thomas Mesereau, advogado de defesa de Dani Mathers, ficou "desapontado" com a acusação e justificou: "Ela nunca tentou invadir a privacidade de ninguém nem tentou violar quaisquer leis".
Depois de ter publicado a imagem e de ter recebido uma chuva de críticas ferozes devido ao seu comportamento, a modelo da Playboy manifestou arrependimento. "Peço desculpa por aquilo que fiz. Preciso de tirar algum tempo para refletir sobre os motivos que me levaram a fazer algo tão horrível", escreveu na altura.
Além das críticas, Dani Mathers acabou por ser banida da cadeia de ginásios, que considerou o comportamento chocante e contra a decência humana, e perdeu o emprego numa rádio.