Mísseis norte-coreanos. Paris, Londres e Berlim pedem reunião do Conselho de Segurança
O pedido dos três países europeus (dois deles membros permanentes do Conselho de Segurança e com poder de veto, França e Reino Unido) surge numa altura em que estão previstas novas conversações entre os Estados Unidos e a Coreia do Norte, a terem lugar no próximo fim de semana na Suécia, sobre as capacidades nucleares do regime de Pyongyang.
Paris, Londres e Berlim defendem que a pressão sobre a Coreia do Norte deve ser mantida.
Em finais de agosto, e após um teste norte-coreano de vários projéteis balísticos, estes mesmos três membros do Conselho de Segurança pediram uma reunião, também à porta fechada, deste órgão máximo das Nações Unidas (por ter a capacidade de fazer aprovar resoluções com caráter vinculativo).
Essa sessão terminou então com uma declaração dos três países, em que enfatizavam a necessidade de manter as sanções internacionais contra o regime de Pyongyang.
A Coreia do Norte está atualmente sujeita a três conjuntos de sanções, adotados em 2017 pela ONU para pressionar o regime liderado por Kim Jong-un a interromper os seus programas de armamento nuclear e balístico.
As sanções em vigor incluem restrições às importações de petróleo e às exportações norte-coreanas de carvão, pesca ou têxteis.
Desde que Pyongyang e Washington iniciaram um processo de apaziguamento das relações entre os dois países, China e Rússia (também membros permanentes do Conselho de Segurança) pediram um levantamento das sanções para tentar iniciar a desnuclearização da Península Coreana.
Até agora, os Estados Unidos (igualmente membro permanente do Conselho) recusaram essa hipótese.
A Coreia do Norte confirmou, na quarta-feira, que lançou um novo míssil a partir de um submarino, tendo considerando o teste "uma conquista importante" face às ameaças de "forças externas".
A informação foi avançada pela agência oficial do regime de Pyongyang, a KCNA, que confirmou assim as informações que tinham sido divulgadas pela Coreia do Sul.
A KCNA também explicou que se tratou da terceira versão do míssil Pukguksong (Estrela Polar), tendo especificado que o lançamento foi feito a partir de baía de Wonsan, na costa oriental da Coreia do Norte.