"Era muito importante baixar de 18 para 16 anos a idade para ser feito um seguro social de voluntário, porque muitas instituições querem estimular e fazer voluntariado, mas esbarram em regras legais", afirmou Pedro Mota Soares à margem da entrega do I Prémio Voluntariado Jovem Montepio, que foi ganho pelo projeto Re-Food, tendo-lhe sido atribuído um prémio de 25 mil euros..A promoção do voluntariado, designadamente jovem, é um dos objectivos do Ministério da Solidariedade e para isso é necessário, no entender do ministro, que seja feita uma revisão do regime legal e estipular os 16 anos como a idade em que é permitido fazer o seguro social voluntário. .Segundo o ministro, o voluntariado é um dos pilares da economia social, mas importa adequar a legislação que enquadra esta atividade às novas realidades, pelo que vai ser revisto o enquadramento legal do voluntariado..Pedro Mota Soares adiantou ainda que, em conjugação com o Ministério da Educação, está previsto incluir nos diplomas escolares um campo relativo à promoção do voluntariado, para incentivar os jovens a desenvolverem ações de entreajuda..O Ministério pretende conceder benefícios laborais e sociais aos voluntários e incluir as atividades de voluntariado no diploma do ensino secundário.."Queremos que, quando um jovem vai pedir um diploma, o seu trabalho de voluntário seja valorizado. É importante para a sua progressão académica, mas também para a inserção no mercado do trabalho", disse..Para o ministro, é fundamental explicar aos jovens, através da escola, que "o voluntariado é importante e que permite a sua valorização pessoal, académica e profissional"..Em jeito de incentivo aos jovens que "não temem apostar em dar um pouco de si aos outros e que acreditam que é possível fazer voluntariado", Pedro Mota Soares até brincou com uma frase que recentemente se tornou célebre no site Youtube: "O medo é uma cena que a vocês não vos assiste". .O Programa de Emergência Social (PES), apresentado há cerca de um mês, vai abranger cinco áreas consideradas essenciais pelo Ministério: as famílias carenciadas, os idosos, as instituições sociais, os deficientes e o voluntariado..Uma das medidas passa pela disponibilização de mil casas para o mercado social de arrendamento, com rendas abaixo dos valores praticados no mercado normal e que tenham sido entregues aos bancos, porque as famílias ou os construtores não conseguem pagar os respectivos empréstimos. .Questionado sobre esta medida, o governante disse que "estão a ser protocolarizadas um conjunto de matérias que oportunamente serão apresentadas de forma mais substancial".