Na acusação, o Ministério Público destacou que, num acordo judicial ainda em negociação com a Odebrecht, foi relatado pela empresa pagamentos no valor total de 21 milhões de reais (5,3 milhões de euros) ao ministro, quando este ocupava o cargo de presidente da Câmara de São Paulo.."A empresa, entre 2008 e 2012, repassou a Kassab mais de 21 milhões, a valores da época, como caixa dois [dinheiro usado em campanhas políticas não declarado à Justiça eleitoral]", disse o MPF-SP, num comunicado oficial..Nesta ação, os promotores pediram também que a Justiça congele cerca de 85 milhões de reais (21,8 milhões de euros) do património do político, o que equivale à quantia que este terá recebeu da empresa e uma multa de três vezes esse valor..O ministro brasileiro negou as acusações e manifestou, em comunicado, "receber com estranheza" a acusação em véspera de férias judiciais e que "aguarda com serenidade os argumentos utilizados pelo Ministério Público para demonstrar a legalidade de todos os atos da sua gestão, como tem acontecido em outras situações"..Além de Gilberto Kassab também foram acusados da prática do crime de "improbidade administrativa" (corrupção) os ex-secretários da cidade de São Paulo Orlando de Almeida Filho e Elton Santa Fé e o ex-vereador Francisco Chagas.