Esta medida, ainda em avaliação e que poderá estar definida em breve, tem como objetivo garantir que um medicamento não sai do mercado porque o seu preço deixa de justificar a comercialização..Na comissão parlamentar de Saúde, o presidente do Infarmed, Eurico Castro Alves, adiantou também que o Ministério da Saúde se prepara para proibir a exportação dos medicamentos em falta em Portugal.."Queremos tomar medidas legislativas de uma forma correta, para que não possa sair do país nenhum medicamento que ponha em causa o abastecimento ou a segurança nacional", declarou..Aliás, a audição do presidente do Infarmed, a requerimento do PCP, na comissão de Saúde era precisamente sobre a exportação ilegal de fármacos e a necessidade de assegurar o fornecimento dos medicamentos fundamentais..Paralelamente, o Infarmed pretende "fazer uma vigilância mais apertada de todo o circuito do medicamento", obrigando fabricantes e distribuidores a notificar quantos medicamentos entregam e a quem.."Vamos apertar a vigilância em todo o circuito do medicamento e vamos ter uma malha muito mais apertada", disse Eurico Castro Alves..O presidente do Infarmed vincou que apoia a exportação de medicamentos feita no quadro da lei, mas só quando não falta um único medicamento a um português..Lembrou ainda que a exportação paralela é um fenómeno que se verifica em vários países, sobretudo naqueles em que os fármacos baixaram de preço significativamente, porque se torna atraente vender esses remédios onde são mais rentáveis..O responsável defendeu também um aumento do valor das coimas para os incumpridores, cujo máximo é atualmente de 44.800 euros: "Temos de tornar as coimas verdadeiramente dissuasoras".