Militante das Femen destrói estátua de cera de Putin

Uma militante do grupo Femen destruiu hoje a estátua de cera do Presidente russo Vladimir Putin no museu Grévin, em Paris, com golpes desferidos com uma estaca de madeira, enquanto gritava "Putin ditador", constatou a AFP.
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A mulher, em tronco nu e com a mensagem "matem Putin" escrita no corpo, atirou a estátua do presidente russo ao chão e a cabeça desta desfez-se. O boneco de cera de Putin ficou com a estaca de madeira espetada no peito.

A ativista foi detida pela polícia, e a direção do museu Grévin disse "deplorar o incidente", garantindo que vai processar a autora do incidente.

As Femen são um grupo de ativistas feministas ucranianas que realiza protestos em tronco nu para denunciar temas como o machismo, religião ou questões de política internacional.

Na quarta-feira, as Femen manifestaram-se em frente ao Conselho Europeu, em Bruxelas, onde se reuniu o G7, contra "a hipocrisia dos líderes mundiais na luta contra a tirania de Putin".

De acordo com a direção do museu, é a primeira vez que uma estátua é destruída, mas no passado já existiram incidentes relacionados com política. Em 1979, a estáua de um dirigente do Partido Comunista francês, Georges Marchais, foi levada por militantes da extrema direita e encontrada na zona dos ursos do Jardim das Plantas, com um laço e com a inscrição "Moscovo" à sua frente.

Este incidente acontece no dia em que Vladimir Putin inicia a sua visita a França, para a celebração do 70º aniversário do Dia D, o dia do desembarque das tropas aliadas na Normandia, que se assinala na sexta-feira.

Vladimir Putin tem agendado para hoje um jantar no Palácio do Eliseu com o Presidente francês, François Hollande, e terá também um encontro com o primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron. É a primeira vez que dirigentes ocidentais falam diretamente com Putin depois da anexação da Crimeia por parte da Rússia.

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