Navio Lifeline. Migrantes recusados por Malta já chegaram a Portugal

Autoridades maltesas rejeitaram acolher 30 dos 234 refugiados do navio<em> Lifeline</em>, proibido no final de junho e durante seis dias de atracar em vários portos europeus.
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Chegaram neste domingo a Lisboa os 30 migrantes que chegaram a Malta no navio humanitário Lifeline e que La Valletta recusou acolher, informou o Ministério da Administração Interna (MAI).

As três mulheres, uma criança de quatro meses e 26 homens vão ficar no Centro de Acolhimento da Bobadela, a cargo do Conselho Português para os Refugiados, precisou o MAI.

Antes da chegada já o ministro Eduardo Cabrita enviara uma mensagem ao homólogo maltês, Michael Farrugia: "Os 30 migrantes do Lifeline estão neste momento a voar para Lisboa. Somos parceiros na luta por uma melhor Europa. Podem sempre contar com a solidariedade portuguesa."

Também o primeiro-ministro maltês, Joseph Muscat, usara as redes sociais para agradecer a disponibilidade de Portugal em participar no mecanismo europeu de acolhimento dos refugiados do Lifeline.

Os migrantes em causa são oriundos do Sudão (13), do Bangladesh (um), da Costa do Marfim (três), da Serra Leoa (um), da Eritreia (três), Mali (dois), Etiópia (três), Guiné-Conacri e Somália (dois de cada país).

"A chegada deste grupo de pessoas resulta do compromisso de solidariedade e de cooperação europeia assumido por Portugal em matéria de migrações", no âmbito do qual esteve em Malta uma equipa do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) para acelerar o processo de acolhimento, explicou o MAI.

Note-se que, no Egito, o SEF e o Alto Comissariado para as Migrações já concluíram a primeira missão de contacto e entrevistas aos refugiados - parte dos mais de mil que Lisboa aceitou receber até 2019 - que aceitaram viajar para Portugal.

"Portugal cumpre assim o seu dever de solidariedade humanitária e de contribuir para as soluções europeias para a questão da migração e das tragédias humanas que têm ocorrido no Mediterrâneo", realçou o MAI.

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