Portugal está disponível para acolher 30 dos 244 migrantes que se encontram no navio humanitário "Aquarius" e em outras pequenas embarcações que estão a atracar em Malta, disse esta terça-feira à Lusa o ministro da Administração Interna.."Portugal, Espanha e França articularam-se e, tal como já tinham feito em casos anteriores, mostraram uma disponibilidade comum para acolhimento e Malta autorizou a atracagem do navio. Haverá uma operação semelhante à que foi feita há um mês com o Lifeline", explicou Eduardo Cabrita..A decisão foi conjugada entre os Governos dos três países e comunicada à Comissão Europeia, mas há outros países que ainda estão a ponderar participar na ajuda a estes migrantes.."Entendemos que deve haver uma posição estável de nível europeu envolvendo todos. Não podemos andar aqui de solução 'ad hoc' em solução 'ad hoc' sempre que um navio está à deriva no Mediterrâneo", acrescentou o ministro, defendendo uma solução europeia integrada para responder ao desafio dos fluxos migratórios..Dois portos no sul de França, Sète e Córsega, já se tinham disponibilizado para receber o navio humanitário. E também a Catalunha colocou à disposição três portos para acolher os imigrantes do navio Aquarius. Através da rede oficial Twitter, Quim Torra, presidente do governo regional catalão, ofereceu esta terça-feira os portos Palamós (Girona), Vilanova i la Geltrú (Barcelona) e Sant Carles de la Ràpita (Tarragona)..A maioria (73) dos 141 imigrantes a bordo do "Aquarius" são menores de idade e 70% são naturais da Somália e da Eritreia, mas também há cidadãos do Bangladesh, Camarões, Gana, Costa do Marfim, Nigéria, Marrocos e Egito.