Mick Fanning. "Sim, ainda penso no tubarão de cada vez que entro na água"

Está tudo a postos para a etapa do circuito mundial de surf
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"Pode ser o céu ou o inferno." Foi assim que Mick Fanning, atual líder do circuito mundial de surf, descreveu ontem ao DN a onda de Supertubos, em Peniche, onde começa hoje o Moche Rip Curl Pro Portugal, décima e penúltima etapa do campeonato. "Estou a falar a sério. Quando está bom, é uma onda incrível e, quando está mau, é muito difícil, podes perder-te muito facilmente. Mas essa é a sua beleza e a beleza do nosso desporto, e é sempre emocionante."

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Na sua corrida por um quarto título mundial, o australiano, de 34 anos e campeão em 2007, 2009 e 2013, confessou que esta época está a ser muito diferente das anteriores. "Tem sido um ano de altos e baixos. Em França (na prova anterior, em que foi eliminado nos quartos-de-final pelo conterrâneo Bede Durbidge) senti que estava a adaptar-me. Não vale a pena entrar em jogos táticos. Tenho simplesmente de ir para a água e fazer o meu trabalho da melhor forma possível."

A instabilidade de que Mick fala prende-se com o susto que sofreu em julho quando, em plena final de Jeffreys Bay, na África do Sul, foi surpreendido por um tubarão. Se para quem assistiu ao tenso momento em direto o episódio foi chocante, imagine-se para ele. Posto isto, e porque é sabido que este tipo de traumas leva tempo a diluir-se, perguntámos-lhe como faz cada vez que treina ou compete. E será que consegue bloquear as suas emoções e pensamentos durante os minutos das baterias? "Não. É algo em que ainda penso, sim, quando entro dentro de água, mas tenho feito muito trabalho no que toca a essa questão, e neste momento estou num lugar onde me sinto confortável. Não existem muitos tubarões na Europa. Além disso tenho pessoas muito boas do meu lado", explicou.

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