Mesa de voto de Ourondo abre sem incidentes
Em declarações à Lusa, o comandante do Destacamento da GNR da Covilhã confirmou que os militares, incluindo uma equipa do Grupo de Intervenção Rápida, ficarão durante todo o dia nas imediações desta secção de voto.
"Trata-se de uma medida preventiva para impedir que os acontecimentos do outro domingo se repitam e também para assegurar a segurança dos próprios populares", sublinhou o comandante João Sousa.
Presente no local, o ainda presidente da Junta de Freguesia de Ourondo, José Agostinho, disse à Lusa que acredita que o dia "correrá sem incidentes", apesar de prever uma forte abstenção.
"Já disse e repito, o povo do Ourondo é pacífico e o que aconteceu no domingo não estava combinado. Foi o culminar de vários dias de uma revolta que o povo sente pela agregação desta freguesia à de Casegas", justificou.
Uma revolta, que, tal como estava combinado para o último domingo, deverá ser expressa nas urnas e através da abstenção. "Foi essa a forma combinada para expressarmos, uma vez mais, o nosso descontentamento e, obviamente, eu vou respeitar o acordo", explicou José Agostinho.
Quanto aos outros eleitores, às 09:00 apenas dois dos 460 eleitores inscritos tinham exercido o direito ao voto.
"Acredito que haverá uma abstenção na ordem dos 90%, até porque esta eleição já não decide nada. Para a câmara e assembleia, as coisas estão decididas e para a junta, como se sabe, só há uma lista, que nem sequer tem qualquer elemento do Ourondo", concluiu José Agostinho.