A quinta deslocação de Merkel à China deverá igualmente permitir-lhe abordar os temas Síria e Irão, dossiês difíceis entre a China e o Ocidente, com Pequim a opor-se a uma resolução da ONU contra Damasco e às sanções contra Teerão pelo seu programa nuclear..Merkel poderá também abordar as manifestações dos tibetanos reprimidas brutalmente pela polícia chinesa na passada semana..Pouco depois de chegar, Merkel fará um discurso sobre o euro e a política monetária na Academia Chinesa de Ciências Sociais e terá depois um encontro com o primeiro-ministro Wen Jiabao, com o qual dará uma conferência de imprensa no fim do dia..Na sexta-feira, depois de se reunir com o Presidente da República e do Partido Comunista, Hu Jintao, a chanceler alemã encontrar-se-á com empresários na província de Guangdong, coração industrial e exportador da China, onde estão centenas de empresas alemãs..Acompanhada pelo primeiro-ministro Jiabao, Merkel participará numa mesa-redonda e num fórum económico, onde a questão das terras raras será discutida. Fontes governamentais alemãs asseguram que esta visita tem por objetivo o desenvolvimento das relações bilaterais, mais do que a assinatura de grandes contratos..A anteceder a cimeira entre a União Europeia e a China, em 14 e 15 de fevereiro, "a chanceler apelará à confiança na Europa", acrescentaram aquelas fontes. A pretensão chinesa de uma importância maior no Fundo Monetário Internacional, em relação com o seu peso económico, será também discutida por Merkel, que deverá ainda apresentar as tradicionais queixas ocidentais sobre a falta de transparência na propriedade intelectual e nos mercados públicos na China.