Mau tempo provoca mais de 120 mortos e dezenas de desaparecidos na Europa
Mais de 120 pessoas morreram nos últimos dias na Europa, a maior parte delas na Alemanha, devido ao mau tempo que provocou inundações e deslizamentos de terra.
O número de vítimas poderá ainda aumentar, uma vez que os serviços de resgaste continuam a procurar dezenas de desaparecidas.
Segundo o balanço mais recente, foram confirmados 103 óbitos no oeste da Alemanha, naquela que já é a pior catástrofe natural do país desde o fim da Segunda Guerra Mundial.
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As regiões mais afetadas são as da Renânia-Palatinado e a da vizinha Renânia do Norte-Vestfália. "Estimamos que possam haver 40, 50 ou 60 desaparecidos. Quando há pessoas que não dão sinais de vida por muito tempo, tememos o pior", afirmou o ministro do Interior da Renânia-Palatinado, Roger Lewentz, à estação televisiva SWR. "Portanto, o número de vítimas corre o risco de aumentar nos próximos dias", acrescentou.
A única nota positiva do dia é que as chuvadas pararam e o fluxo dos rios começou a diminuir. Paralelamente, cerca de mil soldados foram mobilizados para auxiliar nas operações de resgate, evacuação e limpeza das cidades.
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Na Bélgica, foram confirmados pelo menos 20 mortos e outros tantos desaparecidos, além de centenas de pessoas isoladas e 21 mil sem energia elétrica, de acordo com os últimos dados apresentados pelo Governo, que decretou um dia nacional a 20 de julho. "Estas são as inundações mais catastróficas que o nosso país já vivenciou", disse o primeiro-ministro belga, Alexander De Croo.
As fortes chuvas semearam o medo e a desolação também em países vizinhos, como Luxemburgo, Países Baixos e Suíça.
Estas tempestades levaram para cima da mesa a temática das alterações climáticas, numa altura em que a Alemanha está a pouco mais de dois meses de umas eleições legislativas que vão marcar o fim de ciclo de Angela Merkel à frente dos destinos do país.
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"Estes caprichos meteorológicos extremos são consequência das alterações climáticas", afirmou o ministro do Interior, Horst Seehofer.
Da mesma opinião é a presidente da Comissão Europeia, a alemã Ursula Von der Leyen: "Estas inundações confiram o que a ciência diz sobre o aquecimento global".