Mau inglês de instrutor de 'bungee jumping' leva adolescente estrangeira a mergulhar para morte
Uma jovem holandesa de 17 anos morreu em Espanha ao fazer bungee jumping pois não entendeu as orientações do instrutor, que falava mal inglês. O incidente ocorreu em agosto de 2015 e esta semana um juiz afirmou que o "fraco inglês" do instrutor espanhol contribuiu para a morte de Vera Mol e por isso o seu empregador será acusado de homicídio negligente.
Vera saltou de um viaduto em Cantábria, norte de Espanha, antes de as cordas de segurança estarem amarradas à ponte pois entendeu "salta agora" (Now jump, em inglês) quando o instrutor espanhol lhe disse "não saltes" (no jump, numa construção frásica inglesa que não está correta). Se o instrutor se tivesse expressado corretamente e dito "don't jump" a morte da adolescente teria sido evitada, concluiu o juiz do tribunal de Cantábria.
A morte de Vera foi resultado de um "mau entendido devido ao uso incorreto e à pronúncia errada da língua inglesa", disse o juiz, segundo o Telegraph. "O uso do inglês fraco 'no jump' podia perfeitamente ser entendido pela vítima como uma ordem explícita para saltar".
O diretor da empresa que organizou o salto de bungee jumping terá de enfrentar a justiça por ter contratado um funcionário cujo nível de inglês não era bom o suficiente para orientar estrangeiros numa atividade "tão delicada como saltar para o meio do nada", continuou o juiz.
A empresa argumentou que a adolescente desobedeceu às ordens do instrutor e saltou antes do tempo, mas há ainda outras circunstâncias que agravam este caso.
Vera era menor de idade e em nenhum momento lhe pediram uma declaração assinada pelos pais que provasse que ela tinha o consentimento para fazer esta atividade radical.
Além disso, a adolescente não estava presa por nenhum equipamento de segurança enquanto subia o viaduto e a prática de bungee jumping é "expressamente proibida" em viadutos de autoestrada, continua o processo.