Máscaras e distanciamento social podem "durar anos"

Epidemiologista inglesa explica que a normalidade não regressa enquanto o mundo inteiro não estiver vacinado em grande percentagem.
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O aviso é da epidemiologista Mary Ramsay: não se pense em deixar de lado as máscaras e as medidas de distanciamento social tão cedo. "Penso que certamente durante alguns anos, pelo menos até que outras partes do mundo estejam tão bem vacinadas como nós, e os números tenham descido em todo o lado, ou seja, quando pudermos regressar muito gradualmente a uma situação mais normal", disse a diretora do departamento de Vacinação da agência de saúde (equivalente à DGS) de Inglaterra.

Este aviso acontece dias antes de as medidas restritivas serem um pouco aliviadas. A partir de dia 29 os ingleses poderão juntar-se até ao número de seis ao ar livre, sendo que grupos de pais e crianças até 15 pais podem encontrar-se ao ar livre. As instalações desportivas e de lazer ao ar livre também podem reabrir, e a proibição dos desportos ao ar livre é levantada. O plano de desconfinamento não prevê que antes de 21 de junho sejam removidas todas as restrições.

Mary Ramsay advertiu que é "muito importante" não baixar a guarda porque qualquer vírus em circulação irá inevitavelmente atacar aqueles que são vulneráveis. "Temos de olhar com muito cuidado antes que qualquer uma destas restrições seja levantada", disse.

No Reino Unido foram vacinados mais de 27 milhões de pessoas, dos quais 2,2 milhões com as duas doses, com o governo a celebrar o "enorme sucesso" do programa de vacinação. Em 162 países e territórios foram administradas mais de 425 milhões de doses de vacinas contra a covid-19, doença que já provocou a nível global mais de 2,7 milhões de mortos.

No campo político, o ministro da Defesa britânico Ben Wallace criticou a ameaça da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, em proibir a exportação das vacinas da AstraZeneca, que se comprometeu em entregue mais das 90 milhões de doses no primeiro trimestre aos países europeus. Para Wallace a proibição será "contraproducente" e a reputação de Bruxelas está em jogo.

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