Suspeito diz que Marta morreu durante jogo sexual com cocaína

O principal suspeito da morte da jovem de 25 anos cujo corpo foi desmembrado e espalhado por contentores disse à polícia que a mulher morreu enquanto consumiam cocaína e mantinham uma relação sexual.
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Jorge Ignacio P. J., o colombiano de 38 anos que se entregou às autoridades espanholas na quarta-feira e confessou a sua participação na morte de Marta Calvo Burón, contou mais pormenores à polícia sobre o caso. Segundo Jorge J., a mulher morreu enquanto mantinham relações sexuais sob o efeito de cocaína, conta o jornal ABC.

Foi isto que o homem, que já tinha estado preso por tráfico de cocaína em Itália, confessou à unidade de investigação que está encarregue do caso. Na sua versão, terá planeado uma festa de cariz sexual uma vez que no dia seguinte era o seu aniversário.

A história que o colombiano contou poderá não ser tão descabida, uma vez que os investigadores descobriram que em abril o homem esteve numa casa de prostituição em Valência, onde foi o último cliente de uma prostituta que entrou em coma e morreu dias mais tarde no hospital.

A autópsia revelou que morreu devido ao consumo de drogas - os médicos terão encontrado restos de cocaína na mucosa vaginal da mulher, e deduziram que a absorção da droga, maior neste tecido do que quando é inalada, causou uma reação que levou à morte da prostituta, conta o jornal Levante- EMV.

Jorge Ignacio deixou a casa de prostituição quando a mulher começou a entrar em convulsões, mas conseguiu ser identificado ainda em abril e passou a ser investigado pela Polícia Nacional por suspeitas de ter cometido o crime de omissão de auxílio.

Desmembrou o corpo porque estava "assustado"

Marta Calvo Burón estava desaparecida desde o dia 7 de novembro. A mulher, de 25 anos, tinha combinado um encontro pela Internet com Jorge e nunca mais tinha sido vista. O suspeito revelou ontem que desmembrou o corpo espalhando depois as partes por vários contentores.

O último sinal de vida de Marta Calvo Burón foi uma mensagem com a sua localização que enviou à mãe às 5h55 de 7 de novembro - a morada da casa que Jorge J. tinha alugado na localidade de Manuel (Valência) e que a Guarda Civil investigou entre vários locais que poderiam fornecer pistas sobre o paradeiro da jovem.

O suspeito, de 38 anos e nascido na cidade colombiana de Ibagué, onde chegou a frequentar a universidade, não tinha emprego conhecido em Espanha, sabe-se que era maratonista amador e que tinha antecedentes criminais por tráfico de cocaína.

Quando se entregou à polícia, as autoridades já suspeitavam que a mulher estivesse morta e que ele pudesse estar envolvido no crime. A versão de Jorge, na sua primeira confissão, foi a de que estava "assustado" e queria esconder o corpo de Marta, mas os investigadores duvidam que esta seja a história verdadeira.

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