Marrocos proíbe que as crianças se chamem Osama Bin Laden ou Saddam Hussein

O ministro do Interior, Mohamed Hasad, explicou que alguns nomes "são um atentado contra a moral e a ordem pública".
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O governo de Marrocos não vai permitir o registo de crianças com nomes como Saddam Hussein ou Osama Bin Laden, ou outros que atentem "contra a moral e a ordem pública".

O ministro do Interior, Mohamed Hasad, receia que os acontecimentos mundiais possam produzir entusiasmo nos pais e que os levem a colocar nomes com conteúdo político (Saddam) ou de extremistas (como Bin Laden) nos filhos.

Osama Bin Laden, fundador da al-Qaeda foi o cérebro dos atentados de 11 de setembro de 2001 nos EUA, que levaram à invasão do Afeganistão.

Saddam Hussein, líder do Iraque durante mais de duas décadas, envolveu numa guerra com o Irão, depois invadiu o Koweit, gerando a primeira Guerra do Golfo em 1991 e só foi derrubado em 2003, na segunda guerra do Iraque.

Bin Laden foi morto numa operação dos SEAL americanos em maio de 2011, no Paquistão, onde se escondera. Saddam acabaria executado em 2006, após ter sido capturado pelos militares dos EUA três anos antes.

Para Hasad, dar liberdade "absoluta" na escolha dos nomes pode causar "perturbações no agregado familiar e no panorama social".

"O entusiasmo desaparece com o tempo, mas os nomes permanecem", explicou.

O ministro explicou também que outros de origem berbere vão ser rejeitados porque apesar de terem um significado num dialeto regional, noutros podem ter conotações animais ou sexuais.

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