Maria de Belém: uma mulher sem medo e com pensamento independente

A líder da bancada socialista afirmou hoje que recebeu com "enorme consternação" a notícia da morte de Maria José Nogueira Pinto, considerando que o país perde "uma mulher sem medo" e com pensamento independente.
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Em declarações à agência Lusa, a líder parlamentar interina da bancada socialista afirmou que recebeu a notícia da morte de Maria José Nogueira Pinto "com enorme consternação".

"Estamos perante o desaparecimento precoce de alguém que nos é próximo, o que é sempre extremamente doloroso. Do ponto de vista das intervenções cívica e política que a doutora Maria José Nogueira Pinto tinha, trata-se de uma perda para o país", considerou a ex-ministra da Saúde de António Guterres, que trabalhou com a deputada independente do PSD vários anos na Misericórdia de Lisboa.

De acordo com Maria de Belém, Maria José Nogueira Pinto "era uma pessoa com um projecção pública de qualidade, que fica a faltar a Portugal". "Além do desgosto sentido pela sua família, quando alguém desaparece na flor da idade é sempre uma riqueza que se perde, não do ponto de vista material, mas na sua expressão imaterial. Estou muito triste", acentuou a líder parlamentar interna do PS.

Do ponto de vista político, Maria de Belém definiu Maria José Nogueira Pinto como "uma mulher independente, com pensamento próprio, com capacidade para fazer as suas próprias escolhas e opções, independentemente do seu quadrante ideológico".

"Maria José Nogueira Pinto era uma mulher de fibra, foi aliás a primeira líder parlamentar mulher [pelo CDS] no quadro da Assembleia da República e sempre se afirmou muito através de uma postura muito própria e de uma maneira de ser muito assumida", disse ainda.

Para Maria de Belém, Portugal precisa "de gente sem medo e Maria José Nogueira Pinto era uma mulher sem medo". "Precisamos de uma mulher assim num mundo de tantas interdependências e tantas inter-relações, em que às vezes é preciso sermos nós próprios, autênticos, independentemente dos interesses de momento - e Maria José Nogueira Pinto sabia fazer isso", frisou Maria de Belém.

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