Marcelo: "Temos de prevenir contágios familiares generalizados para evitar terceira vaga em janeiro"
O Presidente da República fez esta sexta-feira à noite uma declaração ao país em que explicou a renovação do estado de emergência, aprovado pela Assembleia da República, mas também a perspetiva desta medida de exceção estar já a antever-se para mais duas semanas, pelo menos.
Isto porque, explicou Marcelo Rebelo de Sousa, "prolongar estado de emergência até 7 de janeiro" não é uma questão de "violar a Constituição". O atual estado de exceção terminará no dia 23 e é necessário preparar já o que acontecerá no Natal.
"Em vez de se encarar uma intervenção do Estado quinzena a quinzena, alarga-se a perspetiva para um mês, para que todos saibam com o que podem vir a contar. A procura de um regime menos intenso no Natal permitirá às famílias o tão desejado encontro", disse Marcelo.
Esse período "será uma exceção ao rigor que será aplicado até 7 de janeiro", no entanto, ainda que com contenção. Porque "é preciso prevenir contágios familiares generalizados para evitar uma terceira vaga em janeiro".
"Devemos manter total rigor e total confiança na nossa resistência coletiva", afirmou Marcelo. Até porque, desejou: "Queremos um 2021 que nos faça esquecer este 2020"
Num discurso de cerca de dez minutos, o Presidente da República fez ainda questão de sublinhar que o atual estado de emergência foi necessário porque, "apesar da desaceleração do número de novos casos, continua preocupante o número de pessoas em cuidados intensivos" e o número de óbitos.
Além disso, disse ainda, "apesar de o pico da segunda onda já poder ter passado, as restrições não podem diminuir; a chegada das vacinas e a vacinação obedece a um período prolongado de tempo. Toda a facilidade é errada e toda a prevenção é bem-vinda".