Marcelo e o plano de desconfinamento. "Vamos experimentar, sempre preparados para ir corrigindo"

No final da visita de Estado a Espanha, o Presidente da República comentou o plano do governo para o desconfinamento em Portugal.
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O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, comentou esta sexta-feira à noite o plano de desconfinamento apresentado na véspera pelo governo com palavras cautelosas.

"Vamos experimentar esta solução, sempre preparados para ir corrigindo o rumo", disse Marcelo, falando ainda em Espanha, no final da visita de Estado àquele país.

Garantindo primeiro que existe total solidariedade entre governo e presidência, Marcelo apontou os pontos que considera positivos no plano: "Uma solução que não é muito longa, não é demasiado quantitativa -- tem indicadores que permitem flexibilidade -- é faseada, gradualista, na generalidade ocorre a partir da Páscoa, e isto ocorre também na generalidade à maioria do sistema educativo."

Lembre-se que o Presidente da República tinha de certa forma imposto que a Páscoa fosse a meta para o início do desconfinamento.

"No período que vai até à Páscoa há aberturas pontuais no tecido económico e social. É uma abertura que tenta encontrar o equilíbrio entre o que apontaram os partidos e o que apontaram outros", nomeadamente os representantes dos empresários.

Marcelo Rebelo de Sousa deu ainda o exemplo dos casos de Roma e Madrid, que visitou neste dia (esteve de manhã no Vaticano), regiões que estão com os números da pandemia de novo a subir, para demonstrar como este tipo de decisões podem ter de ser corrigidas a qualquer momento.

"O que senti em Roma, tal como senti em Madrid, é que Portugal está a ter uma evolução positiva, mas temos de estar sempre atentos, mesmo com fronteiras fechadas ou limitadas, temos de estar sempre atentos", disse Marcelo

Quanto à reunião que acabara de ter com a vice-presidente do governo espanhol, Carmen Calvo, Marcelo Rebelo de Sousa destacou que foi discutido o facto de a Europa, em especial Portugal e Espanha, ter mais vacinas na segunda metade do ano.

Também foram abordadas "as relações da Europa com África e Ásia" e ainda "as relações bilaterais entre Portugal e Espanha, com destaque para a coincidência de mandatos parlamentares e de governo, num ambiente de grande amizade e empatia".

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