Marcelo: "Desconfinamento? Temos de ganhar até à Páscoa o verão e o outono"

Presidente da República diz que seria sedutor abrir e desconfinar o mais rápido possível, a começar pelas escolas, mas remete o desconfinamento só para depois da Páscoa.
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Marcelo Rebelo de Sousa falou esta quinta-feira ao país para dizer que é sedutor abrir e desconfinar o mais rápido possível, devido à redução significativa do número de infetados, mortes e do índice de transmissão, mas que tal não deverá acontecer até à Páscoa.

"Reduzimos significativamente o número de infetados e de mortes e o índice de transmissão é o mais baixo do ano. É muito tentador defender abrir e desconfinar o mais rápido possível, a começar pelas escolas. As razões já todos as conhecemos: a sociedade e economia têm sofrido e a saúde mental tem sido crescentemente abalada. Com a dupla segurança de vacinas e testes, seria mais fácil desconfinar", começou por afirmar o Presidente da República, que colocou apontou para "o outro prato na balança".

"Os números totais de internados e de internados nos cuidados intensivos ainda são elevados. Estas razões fazem-nos pensar duas vezes", sublinhou, referindo que qualquer decisão a tomar "supõe solidariedade instiuicional e estratégica entre Presidente da República e Parlamento".

"Temos de ganhar até à Páscoa o verão e o outono. Seria confuso abrir agora para fechar na Páscoa. É uma questão de prudência manter a Páscoa como marco", reiterou o chefe de Estado, que diz ter "a certeza de que, se formos sensatos, o pior já passou".

Ainda assim, Marcelo deixou um apelo ao planeamento do desconfinamento, pois "os números sobem mais rápido do que descem". "Que nunca se confunda planear com desconfinar", rematou.

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