Marcelo curioso sobre soluções para os transportes de Lisboa e Porto

O candidato à Presidência da República afastou a ideia de que a medida pudesse desincentivar o investimento estrangeiro
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O candidato presidencial Marcelo Rebelo de Sousa considerou hoje, questionado sobre a reversão da concessão dos transportes de Lisboa e do Porto, que "o mais interessante é ver agora qual é a solução adotada" nos dois casos.

"Neste caso concreto, o que eu acho mais importante é saber se as soluções adotadas por Lisboa e Porto são as mesmas, se são diferentes, e como é que vai ser no futuro em termos de gestão a rede de transportes públicas de Lisboa e do Porto", acrescentou o antigo presidente do PSD.

Segundo o professor universitário de direito, que falava durante uma visita ao Instituto Hidrográfico, em Lisboa, "tratando-se de contratos que ainda não estavam definitivamente fechados, não há, naturalmente, uma consolidação de direitos tão forte quanto seria se os contratos estivessem fechados".

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Interrogado se teme que esta decisão do Governo do PS afaste o interesse de investidores externos, o candidato presidencial retorquiu: "Espero bem que não. Há muitos setores abertos ao capital estrangeiro que podem ser interessantes".

Marcelo Rebelo de Sousa referiu que "Portugal mantém relações diplomáticas e económicas com os mais variados países, nomeadamente em termos de investimento externo", acrescentando: "Portanto, sabem que esse investimento é sempre bem acolhido".

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Questionado sobre o que faria neste caso se fosse Presidente da República, respondeu: "O Presidente não tem intervenção nesta matéria. Trata-se de contratos que ainda não tinham sido visados pelo Tribunal de Contas, portanto, não estavam definitivamente fechados. Por aquilo que me dizem, o Governo está a reponderar essa solução e a definir uma outra. Vamos ver qual é a outra".

O ministro do Ambiente, João Matos Fernandes, anunciou hoje que espera concluir a reversão da concessão dos transportes de Lisboa e Porto dentro de um mês, adiantando que as empresas não deverão receber qualquer compensação.

"A nossa expetativa é que não terá de haver qualquer indemnização", declarou o ministro, durante a conferência de imprensa após o Conselho de Ministros, na qual foram anunciados os nomes da nova administração do Metro de Lisboa.

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