Malas ficaram em Lisboa. Passageiros da TAP ameaçam fechar agência em Bissau

Companhia aérea terá enviado uma mensagem eletrónica aos afetados pedindo-lhes que indiquem os valores contidos nas malas retidas em Lisboa. A TAP disse ao DN que está a "envidar todos os esforços" para resolver a situação "o mais rápido possível".
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Um porta-voz de passageiros que chegaram à capital da Guiné-Bissau nos últimos dias, providentes de Lisboa, anunciou hoje que vão bloquear, com corrente e cadeado, as portas da agência da TAP em Bissau em protesto pelo "péssimo serviço" da companhia.

Olívio Barreto indicou que a "paciência já está quase no limite" por parte de cerca de 200 passageiros da TAP que chegaram a Bissau nas últimas semanas, cujas malas ficaram retidas em Lisboa.

Cerca de duas dezenas de passageiros manifestaram hoje a sua indignação na sede agência da companhia portuguesa na capital guineense e, de acordo com Olívio Barreto, receberam a promessa dos funcionários em como a situação estava a ser resolvida.

"O serviço da TAP é péssimo. O Governo da Guiné-Bissau devia ter chamado já o delegado da TAP para lhe pedir satisfação", declarou o porta-voz dos passageiros indignados.

Um passageiro, que não se quis identificar, disse à Lusa que "é ridícula, a resposta da TAP", que mandou uma mensagem eletrónica aos afetados pedindo-lhes que indiquem os valores contidos nas malas retidas em Lisboa.

"Nem sequer respondi a essa mensagem, pois prefiro os meus pertences naquela mala a dez mil euros em dinheiro", observou o passageiro.

Vários passageiros, que protestavam esta manhã de forma ruidosa na sede da agência da TAP, ao ponto de interromperem o serviço, disseram à Lusa que estavam sem os medicamentos que ficaram nas malas retidas em Lisboa.

Segundo Olívio Barreto, se não existir uma resposta ainda hoje, a agência da TAP em Bissau será fechada a cadeado e corrente.

"Nem que seja eu sozinho voltarei cá e vou fechar esta agência. A TAP tem que sentir os prejuízos e incómodos que nos causa", avisou Barreto,

Um funcionário da agência em Bissau indicou à Lusa que a companhia lamenta a situação e que a indignação dos passageiros já foi reportada a Lisboa de onde deverá chegar uma resposta brevemente.

TAP diz que irá resolver "o mais depressa possível"

Contactada pelo DN, a TAP responde que está a procurar resolver a situação o mais rápido possível, apontando o elevado movimento como causa do problema.

"Trata-se de uma altura de grande tráfego, com os aviões muito cheios e, naturalmente, com capacidade limitada. A TAP está a envidar todos os esforços para fazer chegar ao seu destino as bagagens em falta o mais depressa possível", respondeu por escrito a transportadora aérea.

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