Mais um casal pré-histórico junto. Mantém-se o mistério por que se sepultavam em conchinha?

Escavações no Cazaquistão mostram ossadas de um casal sepultado lado a lado. Ao lado estão os esqueletos de dois cavalos a puxar uma carruagem
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Um casal com 5000 anos foi encontrado sepultado junto, em região de Karaganda, no Cazaquistão. As ossadas do casal pré-histórico foram encontradas lado a lado, na posição fetal, e com objetos. Ele estava armado com setas e um punhal e ela tinha uma pulseira verde com pedras semipreciosas.

Ao lado desta campa, estava uma outra com dois cavalos - que os arqueólogos acreditam terem sido sacrificados para o ritual do enterro - que puxam uma carruagem da Idade do Bronze, em direção à vida no Além. Os arqueólogos encontram ainda uma outra sepultura (vandalizada) junto a estas duas e onde mais uma vez aparecia um casal lado a lado.

Esta não é a primeira vez que casais deste período aparecem em campas juntos. O que leva a uma questão: porque eram sepultados juntos os casais da pré-história?

O arqueólogo Igor Kukushkin, responsável pelas escavações e professor da Universidade de Karaganda, em declarações citadas pelo Daily Mail, levanta a dúvida se estes casais estavam juntos antes de morrer e se assim era, morreram ao mesmo tempo ou um deles sacrificou-se para ficarem sepultados juntos? Outra hipótese é de que poderiam ser apenas um homem e uma mulher que morreriam mais ou menos na mesma altura e acabavam juntos para serem um casal depois de mortos.

"Casais sepultados desta forma não são uma raridade na nossa zona, mas a questão de como a segunda pessoa se juntou ao primeiro que morreu é ainda uma incógnita", refere. "Terá a mulher - ou o homem - sido morta para garantir que seguia a sua metade? Eram este homem e esta mulher casados em vida? Ou homens e mulheres que não estavam relacionados eram tornados num casal porque morriam ao mesmo tempo?"

À primeira vista não há sinais de violência em nenhum dos esqueletos, o que pode descartar a hipótese de um deles era morto ou suicidava-se na altura em que o outro morresse. No entanto, Igor Kukushkin adianta que serão precisas mais investigações para perceber se era mesmo assim.

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