Mais de 130 pessoas detidas em escândalo de vacinas na China

As vacinas vendidas estavam fora de validade e tinham sido armazenadas sem condições
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Mais de 130 suspeitos foram detidos na China, num escândalo com a venda ilegal de vacinas fora de validade e armazenadas sem condições, noticiaram hoje 'media' chineses.

Dois dos principais suspeitos - mãe e filha, da província de Shandong, no leste da China - foram detidas em abril do ano passado, mas o caso só começou a ser divulgado este mês.

O vice-diretor da agência para os alimentos e medicamentos reconheceu as falhas do sistema, em que "um elevado número de vacinas circulou através de canais ilegais sem que os reguladores tivessem conhecimento, mostrando que há falhas na legislação", de acordo com a televisão estatal chinesa CCTV, que divulgou estas declarações numa rede social.

Na mesma conferência de imprensa, o vice-diretos do ministério da Segurança Pública afirmou que o caso está a ser alvo de uma investigação, acrescentou a CCTV.

Na quarta-feira, as autoridades tinham detido 37 pessoas. A CCTV não divulgou pormenores sobre as últimas detenções.

Desde 2010 que as duas principais suspeitas venderam ilegalmente 25 tipos de vacinas diferentes - polio, raiva, hepatite B e gripe, entre outras -, fora de validade ou que foram armazenadas sem as condições necessárias, no valor de mais de 570 milhões de yuan (78 milhões de euros), de acordo com notícias anteriores divulgadas pela agência estatal chinesa Xinhua.

Este é o último escândalo relacionado com a saúde e segurança na China, onde 300 mil crianças adoeceram e seis morreram em 2008 com leite em pó contaminado com melamina.

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