Portugal tem menos de metade das infeções de há uma semana
Registaram-se, nas últimas 24 horas, mais 225 mortes e 7914 casos de covid-19 em Portugal. No total, desde o início da pandemia, foram confirmados 748858 diagnósticos da doença provocada pela infeção do novo coronavírus e 13482 óbitos, segundo os dados atualizados do boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS).
Estes dados revelados no boletim da DGS reforçam a tendência para descida no número de casos e de mortos. Há também menos 188 internados e menos 14 pessoas em cuidados intensivos, depois de na quarta-feira ter subido o número de doentes em estado crítico (25). O número de casos ativos também decresceu na ordem dos 3071, mantendo-se 161442 registados.
Os 7914 novos casos desta quinta-feira são menos de metade do que os registados há uma semana. Na passada quinta-feira, Portugal batia o recorde de novos casos (16432) e de mortos (303). Hoje foram menos 8518 casos.
A região de Lisboa e Vale do Tejo continua a liderar o número de infeções por covid-19, com 5349 casos e número de óbitos com 119. Segue-se a região norte, com 4695 casos e 41 mortos. A região centro fica-se pelos 2391 e 31 mortos.
Ao todo estão neste momento internados 6496 pessoas e 863 em cuidados intensivos.
Há quase um ano que o mundo vive com a pandemia de covid-19, que tem tido um forte impacto no diagnóstico e tratamento de outras doenças. É o caso das doenças oncológicas.
Perante esta realidade não é de estranhar o alerta da Organização Mundial da Saúde (OMS) Europa no Dia Mundial do Cancro, que se assinala esta quinta-feira: "O impacto da pandemia sobre o cancro na região é catastrófico".
Entre 53 países da região para a OMS (incluindo vários países da Ásia Central), um em cada três interrompeu parcial ou totalmente os seus serviços oncológicos por causa da mobilização contra a pandemia e das restrições de viagens.
"Alguns países tiveram escassez de medicamentos anticancerígeno e muitos registaram uma queda significativa em novos diagnósticos de cancro, mesmo em países mais ricos", observou o diretor da OMS na Europa, Hans Kluge, em comunicado, apontando o agravamento das desigualdades devido à crise económica.
Ao DN, o diretor do Programa Nacional para as Doenças Oncológicas, José Dinis, diz que uma das consequências da pandemia está à vista: "Foi a senhora ministra a dar ordem para se pararem as cirurgias. As oncológicas também pararam, e esta ainda é a arma que mais cura." Outra é a redução no número de diagnósticos. Uma e outra vão refletir-se na mortalidade.
Outro impacto da pandemia é a pressão na capacidade de resposta dos hospitais devido ao elevado número de doentes internados. É disso exemplo a transferência de 15 pacientes com covid-19 do Amadora-Sintra para o Hospital de São João, no Porto, que decorreu na noite de quarta-feira.
A pandemia do novo coronavírus causou, pelo menos, 2 269 346 de mortos entre os mais de 104 350 880 infetados desde que o SARS-CoV-2 foi identificado na China em dezembro de 2019, indica o balanço da AFP, com base em fontes oficiais. Pelo menos 63 406 500 de pessoas foram consideradas curadas, segundo a agência France-Presse.