Mais 61 mortes e 6489 casos positivos em 24 horas

O país tem agora um total de 249 498 de infeções e 3762 mortes, na véspera do anúncio das medidas a aplicar aquando da renovação do estado de emergência.
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No dia em que a Assembleia da República aprovou a renovação do estado de emergência devido à pandemia, Portugal regista mais 6489 casos positivos de covid-19 e 61 óbitos nas últimas 24 horas, informou a Direção Geral da Saúde através do boletim epidemiológico.

Na véspera Portugal tinha registado o valor máximo de infeções num dia, 6994.

No dia em que o Centro Hospitalar do Oeste alertou para o facto de estar a atingir a "capacidade máxima" de internamento, o número de doentes hospitalizados continua a subir: há agora 3079, mais 62 do que na véspera, e 481 doentes em unidades de cuidados intensivos, mais 23 do que na véspera - um novo recorde.

Há mais 5076 pessoas recuperadas, pelo que há agora 82 736 casos ativos num total de 249 498 pessoas infetadas.

O número total de mortes é agora de 3762.

Por regiões, o Norte mantém-se na frente das transmissões e das mortes: adicionou mais 3630 casos e 33 óbitos, totalizando 128 202 casos e 1759 mortes.

Lisboa e Vale do Tejo registou novas 1805 transmissões e mais 15 óbitos, contabilizando agora 86 605 casos e 1378 mortes. A região Centro registou 799 casos e 12 mortes, atingindo 23 720 infeções e 478 vítimas mortais. O Alentejo teve mais 135 casos, num total de 4960 casos e 89 óbitos.

O Algarve continua a ser a região continental com menos casos. Conta agora mais 90 pessoas com covid-19 e mais 1 morte, perfazendo no total 4549 casos e 41 óbitos.

Nas regiões autónomas, destaque para a Madeira, onde se regista apenas mais 1 caso positivo, num total de 749, enquanto nos Açores há mais 29, tendo atingido 713 casos.

No Parlamento, com votos a favor de PS e PSD, foi dada autorização ao Presidente da República para declarar a renovação do estado de emergência em Portugal a partir de terça-feira para permitir medidas de contenção da covid-19.

O atual período de estado de emergência começou à meia-noite no passado dia 9 e termina às 23:59 da próxima segunda-feira e o próximo, agora aprovado, vai decorrer entre 24 de novembro e 8 de dezembro.

O decreto volta a permitir o confinamento compulsivo de pessoas infetadas ou em vigilância ativa, assim como o encerramento total ou parcial de estabelecimentos, serviços e empresas.

O texto permite que sejam adotadas medidas restritivas para conter a covid-19 por grupos de municípios, incluindo a proibição da circulação em determinados períodos ou dias da semana, e indica que "pode ser limitada a possibilidade de cessação dos vínculos laborais dos trabalhadores dos serviços e estabelecimentos integrados no Serviço Nacional de Saúde".

O estado de emergência permite suspender o exercício de alguns direitos, liberdades e garantias, que têm de estar especificados na respetiva declaração.

O governo irá explicar quais as medidas a aplicar em concreto neste sábado.

O primeiro-ministro António Costa disse ontem que Portugal está preparado para comprar cerca de 16 milhões de doses de três vacinas contra a covid-19 e adiantou que Bruxelas prepara um combate às campanhas de desinformação em relação à vacinação.

A informação surgiu no final da cimeira europeia de chefes de Estado e de governo sobre o combate à covid-19, que decorreu por videoconferência.

Aos jornalistas, Costa reiterou a ideia de que as vacinas contra a covid-19 "serão distribuídas de acordo com uma grelha definida pela Comissão Europeia, tendo em conta a população de cada Estado-membro".

"Serão distribuídas simultaneamente em todos os Estados-membros e nas mesmas condições", reforçou o primeiro-ministro.

No caso de Portugal receberá 6,9 milhões de uma vacina, 4,6 milhões de outra e 4,5 milhões de uma terceira.

A investigação sobre o novo coronavírus SARS-CoV-2 prossegue. Um estudo publicado por cientistas britânicos na revista científica The Lancet conclui que as pessoas infetadas e desenvolvem a covid-19 transmitem mais o vírus nos primeiros cinco dias após o início dos sintomas.

De acordo com esta investigação, depois de nove dias de doença, nenhum vírus ativo foi encontrado em amostras, embora o material genético do patógeno possa ser detetado nessas pessoas semanas e até meses após o começo da infeção.

Os dados deste estudos indicam que os infetados com covid-19 têm a maior quantidade de vírus instalada no nariz e na garganta (consideradas as principais fontes de transmissão) assim que os sintomas aparecem, e a situação assim permanece durante cinco dias. No caso dos outros coronavírus pesquisados, o pico da quantidade de vírus nessas regiões do corpo aparecem geralmente na segunda semana da doença.

Nos Estados Unidos, o país com mais casos e mortos, a pandemia continua fora de controlo: nas últimas 24 horas houve um recorde de 2239 mortos e 200 146 infetados com o novo coronavírus , de acordo com a contagem da Universidade Johns Hopkins. O total de óbitos desde o início da pandemia subiu para 252 419 e o de casos para 11 698 661.

Perante estes números, a principal agência sanitária dos EUA, Centro para o Controlo e a Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês) pediu na quinta-feira que as pessoas não viajem para as celebrações do Dia de Ação de Graças nem passem o feriado com pessoas que não as do agregado familiar.

O vizinho a sul, o México, também tem notícias pouco animadoras ao tornar-se oficialmente no quarto país a passar a marca dos 100 mil mortos por covid-19, depois dos Estados Unidos, Brasil e Índia.

O país regista um total de 100 104 óbitos desde o início da pandemia, após terem sido contabilizadas 576 mortes nas últimas 24 horas. O número de casos total é agora de mais de um milhão (1 019 543).

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