Mais 4788 casos e 73 mortes em Portugal. Há 491 pessoas nos cuidados intensivos
O país tem mais 4788 casos de covid-19 e 73 óbitos nas últimas 24 horas, informou a Direção Geral da Saúde (DGS) através do boletim epidemiológico.
O número de pessoas em internamento hospitalar continua a subir e a bater recordes. Há agora 3151, mais 126 pessoas do que na véspera, e 491 doentes em unidades de cuidados intensivos, um aumento de 6.
Há mais 3540 pessoas recuperadas, pelo que há agora 83 942 casos ativos num total de 260 758 pessoas infetadas desde março.
Com mais 73 óbitos, o número total de mortes é agora de 3897.
Por regiões, o Norte mantém-se na frente das transmissões e das mortes: adicionou mais 3091 casos e 39 óbitos, totalizando 135 363 casos e 1822 mortes.
Lisboa e Vale do Tejo registou novas 844 transmissões e mais 20 óbitos, contabilizando agora 88 983 casos e 1421 mortes. A região Centro registou 637 casos e 12 mortes, atingindo 25 013 infeções e 499 vítimas mortais. O Alentejo teve mais 112 casos e 2 mortes, num total de 5169 casos e 96 óbitos.
O Algarve continua a ser a região com menos casos. Conta agora mais 73 pessoas com covid-19, perfazendo no total 4679 casos e 42 óbitos.
Nas regiões autónomas, Açores e Madeira, têm um número total semelhante: 779 e 772, respetivamente, depois de adicionados os novos 18 casos açorianos e 13 madeirenses.
A DGS que, entretanto, simplificou as normas de admissão de utentes em lares e outras instituições, ao emitir uma orientação que dispensa a realização de um teste à covid-19 se a pessoa em causa tiver cumprido nos últimos 90 dias os critérios de fim de isolamento.
Ontem o governo anunciou as novas medidas a vigorar a partir de terça-feira, altura do novo estado de emergência, que inicia às 00.00 do dia 24 de novembro e cessará às 23.59 do dia 8 de dezembro.
Passa a ser obrigatório o uso de máscara nos locais de trabalho, exceto quando os postos de trabalho são isolados ou quando haja separação física entre diferentes postos.
O governo decretou também para todo o continente proibição da circulação entre concelhos nos dias que vão rodear os feriados de 1 e 8 de dezembro - ambos a uma terça-feira: das 23.00 de 27 de novembro às 5h00 de 2 de dezembro; e das 23.00 de 4 de dezembro às 5.00 de 9 dezembro.
Ao mesmo tempo, nas vésperas desses feriados (30 de novembro e 7 de dezembro) haverá suspensão de atividades letivas, tolerância de ponto para a administração pública e um "apelo às entidades privadas para dispensa de trabalhadores" - sendo estas, mais uma vez, medidas gerais para todo o continente.
Também criou quatro escalões de concelhos consoante a incidência da pandemia: risco moderado, risco elevado, risco muito elevado e risco extremamente elevado. Em risco "extremamente elevado" estão 47 concelhos, por apresentarem mais de 960 casos de doença por 100 mil habitantes.
Na conferência de imprensa em que apresentou as medidas, o primeiro-ministro rejeitou a oposição entre a economia e o combate à crise sanitária: "Não existe essa dicotomia".
"A nossa vida é só uma, precisamos de saúde para viver, precisamos de trabalho para viver. Precisamos de empresas a funcionar para podermos viver e, portanto, temos de trabalhar em todas essas dimensões", sustentou António Costa.
A entidade reguladora norte-americana concedeu no sábado autorização urgente à empresa de biotecnologia Regeneron para a utilização no país do tratamento com anticorpos monoclonais que o presidente dos EUA recebeu em outubro contra a covid-19.
A autorização Food and Drug Administration (FDA) limita o uso do fármaco a pessoas com mais de 12 anos que tenham apresentado resultados positivos no teste à covid-19 e que estejam em risco de desenvolver um caso grave da doença, explicou a cientista chefe da FDA Denise M. Hinton num comunicado enviado à empresa.
O medicamento contém dois anticorpos potentes que, em estudos preliminares, mostraram resultados promissores na contenção da infeção, especialmente se administrado durante as fases iniciais da doença.
A autorização dá-se no dia em que os Estados Unidos passaram os 12 milhões de casos confirmados de infeção (12 051 253), os quais provocaram 255 588 mortes, de acordo com o relatório independente da Universidade Johns Hopkins. Segundo este balanço há, nas últimas 24 horas, mais 155 377 novas infeções e 1291 mortes.
A barreira dos 12 milhões de casos foi ultrapassada apenas seis dias depois de os EUA alcançarem os 11 milhões de infeções e apenas 12 dias depois de atingir os 10 milhões, um sinal de que o país tem uma forte propagação de infeções.
Os dirigentes do G20 prometeram hoje "não desistir de nenhum esforço" para garantir o acesso equitativo às vacinas contra a covid-19, de acordo com um rascunho da declaração final da cimeira, num tom consensual, mas sem anúncios concretos.
"Não desistiremos de nenhum esforço para garantir o acesso acessível e equitativo [às vacinas, testes e tratamentos] para todos", está escrito no texto consultado pela AFP.
A cimeira das 20 maiores potências económicas mundiais realiza-se, este ano, num formato virtual sob a presidência da Arábia Saudita, o que suscitou críticas das organizações da defesa dos direitos humanos.
A pandemia de covid-19 matou, pelo menos, 1 381 915 pessoas no mundo, desde que foi relatado o início da doença na China, no final de dezembro de 2019, segundo um balanço da AFP deste domingo, a partir de fontes oficiais.
O balanço até hoje, às 11.00, contabiliza 58 165 460 casos de infeção em todo o mundo, oficialmente diagnosticados desde o início da propagação - que a Organização Mundial de Saúde (OMS) veio a assumir como pandemia - e, destes, pelo menos, 37 053 500 são considerados curados.