Mais 4 mortes e 636 casos nas últimas 24 horas em Portugal
Portugal registou 636 novos casos de covid-19 nas últimas 24 horas, segundo indica o boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS). O relatório desta quinta-feira refere que morreram mais 4 pessoas devido à infeção pelo novo coronavírus.
Tendo em conta que recuperaram 521 pessoas há agora mais 111 casos ativos, num total de 24.764.
Nos hospitais portugueses estão 395 doentes com covid-19 internados, menos 2 do que na véspera, dos quais 104 em unidades de cuidados intensivos, um decréscimo de 6 pacientes.
Foi na região Norte que se registaram mais transmissões novas (269) e mortes (2), seguido de Lisboa e Vale do Tejo com 203 infeções e uma morte, e do Centro do país, com 58 casos e outro óbito.
Com os dados das últimas 24 horas, Portugal atinge 832.891 casos de covid-19, dos quais 16.956 tiveram como desfecho o óbito dos doentes.
O índice de transmissibilidade, denominado R(t), foi atualizado na quarta-feira para 0,98 a nível nacional e 0,99 se só tivermos em conta o território continental.
Já a incidência do vírus a 14 dias está nos 72,7 casos de covid-19 por 100 mil habitantes a nível nacional. No continente, a incidência situa-se nos 68,9 infetados por 100 mil habitantes.
Antes de ser divulgado o relatório desta quinta-feira, a DGS anunciou uma atualização das normas de vacinação contra a covid-19 devido a uma maior disponibilidade de doses e vai começar a vacinar as pessoas entre 16 e 79 anos com doenças de risco acrescido.
Em comunicado, a autoridade de saúde indica que, na segunda fase do plano de vacinação, são definidas duas estratégias distintas: "a vacinação por faixas etárias decrescentes, até aos 16 anos, e de pessoas com 16 ou mais anos e que tenham doenças com risco acrescido de covid-19 grave ou morte".
Entre as doenças que darão prioridade na toma da vacina, independentemente da idade, conta-se a diabetes, obesidade grave, doença oncológica ativa, transplantação e imunossupressão, doenças neurológicas graves e doenças mentais, refere.
Além disso, aqueles que recuperaram de infeção por covid-19 "há pelo menos seis meses" também estão incluídos na segunda fase de vacinação, "de acordo com o grupo prioritário ou a faixa etária a que pertencem".
E no plano de vacinação está incluída a vacina desenvolvida pela AstraZeneca, empresa que volta a ser notícia.
Isto porque a Comissão Europeia está a preparar-se para levar a farmacêutica a tribunal devido a falhas nas entregas de doses da vacina contra a covid-19 à União Europeia (UE), noticia o jornal Politico, citando cinco diplomatas de Bruxelas.
A ação judicial já foi debatida numa reunião com os 27 embaixadores, realizada na quarta-feira, durante a qual a maioria dos Estados-membros da UE manifestou o apoio num eventual processo contra a empresa. Na base, estão as queixas de que a AstraZeneca falhou de forma grave na entrega de doses da vacina à UE, escreve o jornal.
Ao Politico, um diplomata de Bruxelas afirmou que o objetivo da ação legal, caso se concretize, é o de obrigar a AstraZeneca a disponibilizar as doses que estão contratualizadas com a UE.
Os países da UE têm agora de decidir sobre se apoiam uma eventual ação judicial contra a AstraZeneca.
Entretanto, o secretário de Estado Adjunto e da Saúde, António Lacerda Sales, já fez saber hoje que "Portugal acompanhará as decisões" de Bruxelas.
"É um processo da comunidade e nós acompanhamos sempre os processos da comunidade, tal como fizemos noutras situações, e, por isso, remeto para aquilo que forem as decisões da UE, sendo que a UE irá decidir da melhor forma e Portugal acompanhará essas decisões", afirmou Lacerda Sales.
Durante uma visita ao Centro Hospitalar de Leiria, o secretário de Estado Adjunto informou que Portugal atingiu na terça-feira um recorde de mais de 94 mil testes num dia, alcançando esta quinta-feira cerca de dez milhões de diagnósticos feitos ao SARS-CoV-2.
"Há dois dias tivemos um recorde de testes à covid-19: mais de 94 mil testes. Relembro que, no início de março de 2020, tínhamos pouco mais de dois mil testes. Atingimos dez milhões de testes hoje, em números redondos, e fazemos mais de 970 mil testes por milhão de habitantes" disse António Sales. Sublinhou ainda que durante o fim de semana foram vacinadas "mais de 180 mil pessoas".
No mundo, os casos de infeção pelo SARS-CoV-2 superam os 143 milhões, com o registo de mais de 879 mil novos contágios em 24 horas, indicou esta quinta-feira o balanço da AFP.
No total, e desde que o novo coravírus foi identificado na China em dezembro de 2019, mais de 143 807 560 casos de infeção foram oficialmente diagnosticados em todo o mundo.
Desde o início da crise sanitária, a covid-19 já provocou pelo menos 3 060 859 vítimas mortais no mundo, de acordo com o mesmo balanço da agência noticiosa francesa.