15 mortes no segundo dia consecutivo com mais de 3000 casos

Boletim diário da DGS indica que há agora 691 internados, mais 10 que ontem, devido à covid-19, 103 dos quais em unidades de cuidado intensivo.
Publicado a
Atualizado a

Em dia de reunião do Conselho de Ministros, onde serão aprovadas novas medidas de combate à pandemia, Portugal registou, em 24 horas, 3 150 novos casos de covid-19, segundo o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS). Relatório desta quinta-feira (25 de novembro) indica ainda que morreram mais 15 pessoas devido à infeção por SARS-CoV-2.

Os dados mostram que há agora 691 internados (mais 10 que ontem), dos quais 103 em unidades de cuidados intensivos, menos dois que no dia de ontem, quarta-feira.

Perante estes números, Portugal tem, ao dia de hoje, 49 525 casos ativos de covid-19.

A região com o maior número de novos casos é Lisboa e Vale do Tejo com mais 1 906 casos.

Portugal continental e os Açores foram hoje colocados na categoria de risco elevado para covid-19 no mapa do Centro Europeu para Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC), que suporta decisões sobre viagens na União Europeia, juntando-se à Madeira.

Antes da divulgação dos números mais recentes da pandemia em Portugal, a Agência Europeia do Medicamento (EMA, na sigla em inglês) fez saber que recomenda a aprovação da vacina da Pfizer para crianças dos 5 aos 11 anos, sendo a primeira na União Europeia (UE) para esta faixa etária.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, considera o parecer do regulador europeu "uma boa notícia" que obriga a um reforço da estrutura de vacinação.

"O Comité dos Medicamentos para Uso Humano da EMA recomendou a concessão de uma extensão da indicação para a vacina covid-19 Comirnaty para incluir a utilização em crianças dos 5 a 11 anos", lê-se no comunicado do regulador europeu. A vacina, desenvolvida pela BioNTech e Pfizer já foi aprovada para uso em adultos e crianças com 12 ou mais anos, recorda a EMA.

"Em crianças dos 5 aos 11 anos de idade, a dose de Comirnaty será inferior à utilizada em pessoas com 12 ou mais anos de idade", indica a EMA, referindo que, "tal como no grupo etário mais velho", a administração deve ser feita com "duas injeções nos músculos do antebraço, com três semanas de intervalo".

Também esta quinta-feira, a Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou que foi alertada para a "ocorrência de uma nova variante de covid-19" na África do Sul e Botsuana, com "elevado número de mutações", anunciou a diretora da OMS para África, Matshidiso Moeti.

"Fomos alertados ontem (quarta-feira) para a ocorrência de uma nova variante de covid-19, que a OMS classifica como variante em monitorização, a B.1.1.529, acerca da qual precisamos de obter mais informação", indicou a responsável na conferência de imprensa semanal da organização através da internet.

Moeti destacou que "é importante saber até que ponto esta variante se encontra em circulação na África do Sul e no Botsuana" e que a organização está igualmente muito atenta ao que se conseguir saber sobre as "características deste vírus", que está agora no centro das preocupações dos laboratórios de análise e investigação dos daqueles países.

"Há uma preocupação de que apresenta um elevado número de mutações na proteína 'spike' (usada pelo coronavírus para entrar nas células), que poderá ter implicação no seu grau de infecciosidade", acentuou Moeti.

"Isto significa que todas as medidas colocadas no terreno têm de ser reforçadas, incluindo a aceleração da vacinação, em particular das populações mais vulneráveis", rematou a diretora da OMS para África.

De acordo com o jornal The Guardian, esta variante apresenta 32 mutações na proteína "spike", a parte do vírus que a maioria das vacinas usa para proteger o sistema imunológico contra a covid-19.

Tom Peacock, virologista do Imperial College em Londres escreveu no Twitter que o "incrivelmente alto número de mutações na proteína spike sugere que a variante pode ser verdadeiramente preocupante".

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt