72% dos novos casos de covid-19 e as três mortes são em Lisboa
Em Portugal, nas últimas 24 horas, morreram mais três pessoas e registaram-se mais 290 casos de covid-19.
De acordo com o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS) desta sexta-feira (7 de agosto), no total, desde que o início da pandemia foram confirmados 52.351 infetados e 1.746 vítimas mortais no país.
38.087 pessoas já recuperaram da doença, mais 247 do que na quinta-feira.
A região de Lisboa e Vale do Tejo totaliza hoje 26.928 casos de covid-19, mais 208 do que na quinta-feira. A área concentra 72% dos novos casos e as três mortes registadas.
Rui Portugal, Subdiretor-Geral da Saúde, disse que a situação na área de Lisboa "ainda não está estabilizada". No entanto, "há cinco semanas que se assiste a uma redução da taxa média de infeções na região", acrescentou.
Em termos percentuais, nas últimas 24 horas o aumento no número de casos confirmados foi de 0,6% (passou de 52.061 para 52.351) e o de mortos manteve-se nos 0,2%.
Quanto aos casos confirmados, a região de Lisboa e Vale do Tejo lidera, como já foi referido, seguida pela região Norte com 18.952, mais 24 casos, e a região Centro tem 4.508 infeções confirmadas, mais 30 novos casos do que os registados na véspera, de acordo com o boletim.
O Algarve totaliza 911 casos, mais seis do que na quinta-feira, e o Alentejo tem 761, menos um caso de infeção.
Segundo o relatório de hoje, há uma descida do total de casos no Alentejo devido a uma "correção da série histórica e da real atribuição dos mesmos a outras regiões de saúde".
A Madeira regista mais dois casos, totalizando agora 121 infeções confirmadas, e nenhuma morte, e nos Açores os 170 casos de infeção já contabilizados mantêm-se, assim como os 15 mortos anteriormente registados.
A região Norte continua a registar o maior número de mortes (831), seguida da região de Lisboa e Vale do Tejo (611), o Centro (252), Alentejo (22), Algarve (15) e Açores (15).
Em termos globais, há mais infetados na faixa etária entre 40 e 49 anos (8.646), seguindo-se a faixa entre 30 e 39 anos, que contabiliza hoje 8.560 casos.
A faixa etária entre os 20 e os 29 anos, totaliza em Portugal desde o início da pandemia 8.019 casos, mais 52 infeções. Na faixa dos 50 aos 59 anos, os casos de infeção pelo vírus SARS-CoV-2 situa-se nos 7.895 (mais 25 casos).
Com mais de 80 anos, tiveram infeções confirmadas 5.948 pessoas, mais 43 do que na quinta-feira.
A covid-19 já afetou em Portugal 1.891 crianças até aos nove anos e 2.430 entre os 10 e os 19.
Os dados indicam que do total das vítimas mortais, 874 são homens e 872 são mulheres.
Por faixas etárias, o maior número de óbitos concentra-se nas pessoas com mais de 80 anos (1.167), seguidas das que tinham entre 70 e 79 anos (341), entre 60 e 69 anos (155) e entre 50 e 59 anos (57). Há ainda 20 mortos registados entre os 40 e 49 anos, quatro entre os 30 e 39 e dois entre os 20 e 29 anos.
As autoridades de saúde têm sob vigilância 37.729 pessoas, menos 54 relativamente à véspera.
Aguardam resultado laboratorial 1.425 pessoas, mais 108 do que no dia anterior.
Segundo o secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, na conferência de imprensa de apresentação dos dados da covid-19 nas últimas 24 horas, foram contratados mais de 4300 profissionais de saúde para o Serviço Nacional de Saúde durante este período de pandemia.
Integram agora o SNS mais 1300 enfermeiros, 170 médicos, 1800 assistentes operacionais.
Foram contratados mais de 4300 profissionais de saúde para o Serviço Nacional de Saúde durante este período de pandemia.
Segundo o secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, na conferência de imprensa de apresentação dos dados da covid-19 nas últimas 24 horas. integram agora o SNS mais 1300 enfermeiros, 170 médicos, 1800 assistentes operacionais.
De acordo com o governante, foram feitos em média 13 mil testes, sendo Portugal o 6.º país da União Europeia com maior número de testes. Até agora foram realizados 1.7 milhões de testes.
Sem "censura política", mas como preparação para uma eventual segunda vaga. A avaliação, de acordo com o grupo de cientistas, deve incluir três áreas de ação: governação e tomada de decisões, assessoria científica e técnica e capacidade operacional.
"A covid-19 atingiu fortemente Espanha, com mais de 300.000 casos, 28.498 mortes confirmadas e registo de cerca de 44.000 mortes, a 4 de agosto de 2020. Mais de 50.000 profissionais de saúde foram infetados e quase 20 000 mortes aconteceram em lares de idosos ".
É assim que começa a carta - e o artigo no El País que a cita - e assinada por um grupo de cientistas que pede uma análise independente à forma como o país geriu - e ainda está a gerir - a pandemia.
O documento foi publicado na revista científica "The Lancet" e na carta os 20 "prestigiados" epidemiologistas e especialistas em saúde pública espanhóis - assim os classifica o diário - questionam os números da infeção no país.
"Como é possível que Espanha se encontre agora nesta situação?", perguntam, tendo em conta que o sistema de saúde espanhol é considerado um das melhores do mundo.
Os signatários da carta pedem um exame sério e independente que responda a esta pergunta.
O país ocupa o oitavo lugar na lista de países com o maior número de mortes durante a pandemia.
O presidente Jair Bolsonaro afirmou que está "com a consciência tranquila" em relação ao seu papel frente à pandemia do novo coronavírus, que já deixou quase 100 mil mortos no país, em 3 milhões de casos registados.
"Estamos de consciência tranquila (...) Com os meios que temos, temos como realmente dizer que fizemos o possível e o impossível para salvar vidas", assinalou o presidente durante um evento transmitido nas suas redes sociais.
Juntamente com o ministro interino da Saúde, general Eduardo Pazuello, Bolsonaro assinou um decreto para a compra da vacina contra a covid-19 desenvolvida pelo laboratório AstraZeneca e a Universidade de Oxford, que está em fase de testes.
Nesta mensagem, divulgada nas suas redes sociais, Bolsonaro acusou os governadores de inflacionarem os números da pandemia, e os médicos de não realizarem autópsias e colocarem covid-19 como causa de mortes sem terem um diagnóstico.
África contabiliza hoje 22.066 mortos devido à covid-19, tendo ultrapassado na quinta-feira um milhão de infetados, segundo os dados mais recentes da pandemia no continente.
De acordo com o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC), o número de infetados é de 1.007.366, enquanto o número de recuperados é hoje de 690.436.
O maior número de casos e de mortos de covid-19 continua a registar-se na África Austral, com 565.108 infetados e que passou hoje as 10 mil vítimas mortais (10.211).
Nesta região, a África do Sul, o país mais afetado do continente, contabiliza 538.184 infetados e 9.604 mortos.
A pandemia de covid-19 já matou pelo menos 715.343 pessoas em todo o mundo desde que o vírus foi detetado na China, em dezembro, refere o último balanço feito pela Agência France-Presse (AFP) com base em dados oficiais.
Ao todo, 19.133.340 casos de infeção foram oficialmente diagnosticados em 196 países e territórios, dos quais pelo menos 11.319.300 já foram considerados curados.
Na quinta-feira foram registadas 7.377 mortes e 282.381 novos casos da doença em todo o mundo. Os países que mais vítimas mortais contabilizaram nos seus últimos relatórios foram os Estados Unidos, com 2.060 novas mortes, o Brasil (1.237) e a Índia (886).
* com agência Lusa