Portugal ultrapassa as 10 mil mortes em dia de novos máximos
Portugal registou, nas últimas 24 horas, mais 274 mortos e 15 333 novos casos de infeção por covid-19 , segundo os dados do boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS) deste sábado (23 de janeiro). O número de óbitos é um novo máximo, acima dos 234 mortos de sexta-feira, tal como o número de novas infeções.
Desde o início da pandemia, Portugal já registou 10.194 mortes associadas à covid-19, tendo ultrapassado este sábado a barreira dos 10 mil óbitos provocados por esta doença, e 624.469 infeções com o coronavírus SARS-Cov-2.
No momento em que os hospitais continuam a ampliar a resposta à pandemia, Lisboa e Vale do Tejo continua a ser a região mais penalizada, com mais 122 mortos e 3 748 casos positivos nas últimas 24 horas.
Nos hospitais portugueses também aumentaram os internamentos. São mais 143 as pessoas hospitalizadas, num total de 5 922 internamentos, e mais cinco em cuidados intensivos, entre os 720 que se encontram em situação mais crítica.
Em termos globais, há 162 951 casos ativos e mais 9 768 recuperados. Neste momento, morreram em Portugal mais homens do que mulheres, na ordem dos 5 313 contra as 4 881 que faleceram pela doença.
O relatório deste sábado da DGS revela também que há um total de 162.951 casos da doença ativos, o que traduz um aumento de 5.291 ativos nas últimas 24 horas.
No resto do país, a seguir a Lisboa e Vale do Tejo encontra-se em pior situação a região norte do país, que soma mais 4.992 infeções (280.156) e 55 mortos (4.020). O Centro contabiliza mais 2.933 casos (87.095) e 65 mortes (1.711) e há mais 651 casos no Alentejo (21.372) e 23 óbitos (505) e mais 471 infetados com Covid-19 (14.641) e nove mortos (157) no Algarve.
Nos arquipélagos, há hoje mais 34 casos nos Açores e 117 na Madeira, não se registando alterações no número de vítimas mortais em nenhuma das ilhas. Sendo que foi registado o primeiro caso na ilha do Corvo, a mais pequena ilha açoriana.
Há duas novas estruturas de apoio aos hospitais de Lisboa que vão receber doentes covid, permitem ampliar a resposta à doença, o do Estádio Universitário, perto do Hospital de Santa Maria, disponibiliza mais 58 camas, e o de campanha na Cruz Quebrada oferece mais 88 e funcionará como enfermaria para doentes que necessitem apenas de cuidados primários.
Portugal tinha registado na sexta-feira mais 234 mortes e 13 987 novos casos de covid-19, O número de óbitos era um novo máximo, acima dos 221 de quinta-feira. Só na região de Lisboa e Vale do Tejo morreram 111 pessoas em 24 horas. Havia mais 443 casos de contágio que no dia anterior.
Já com os números de sexta-feira, Portugal contava mais de 1000 mortes (1059) por covid-19 só nos últimos cinco dias. Um aumento vertiginoso quando comparado com o início da pandemia, em março do ano passado. O país registou o primeiro óbito a 16 de março de 2020 e só a 7 de maio passou a barreira do milhar (1007). O que então demorou cerca de um mês e meio ocorreu agora em menos de uma semana.
Dados divulgados no dia em que se ficou a saber que políticos e bombeiros podem integrar grupo dos prioritários a vacinar."Está a ser trabalhada uma proposta "para que possam ser incluídos entre os prioritários os titulares de altos cargos de decisão", considerando que "é essencial estarem protegidos", afirmou Francisco Ramos, coordenador da task-force para o plano de vacinação contra a covid-19, numa entrevista ao Expresso.
O primeiro-ministro, António Costa também espera que, "se não houver um percalço no processo de distribuição das vacinas, Portugal chegará ao final do verão com condições para ter 70% da população devidamente imunizada".
Mas a verdade é que se ficou a saber que o país só vai receber metade das vacinas da AstraZeneca previstas para os meses de fevereiro e março, como divulgou a TSF
Na sexta-feira também foram dados a conhecer os mais recentes números da mortalidade do país. O número de mortes em Portugal durante 2020 foi 10,6 % maior em relação à média dos anteriores cinco anos, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), que registou 123 409 óbitos, mais 12 220 do que entre 2015 e 2019.
No dia 31 de dezembro, registavam-se 6906 mortes atribuídas à covid-19, ou seja, 56% do excesso de mortalidade de 2020 em relação à média 2015-2019.