Morreram mais 26 pessoas e foram confirmados mais 1516 casos de covid-19, em Portugal, nas últimas 24 horas. De acordo com o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS), desta sexta-feira (10 de abril), há agora no total 435 mortes, 15472 casos e 233 recuperados (mais 28 do que ontem). Já o número de internados nos cuidados intensivos voltou a diminuir (menos 26 doentes), pelo terceiro dia consecutivo..Aguardam resultados laboratoriais 4509 pessoas e mais de 25 mil estão a ser acompanhadas pelas autoridades de saúde para vigiar possíveis sintomas.."O que os dados de hoje nos dizem é que temos de continuar e não podemos baixar a guarda", disse a Secretária de Estado Adjunta e da Saúde, Jamila Madeira, em conferência de imprensa, esta sexta-feira, no ministério da Saúde. "Não podemos falhar e o esforço tem de continuar", acrescentou, depois de agradecer o empenho de todos os portugueses que seguem as medidas de contenção. Mensagem também passada esta manhã pelo Presidente da República, em período de Páscoa, "uma fase decisiva"..Olhando para os números e para a situação atual, mas a pensar já em maio, Marcelo Rebelo de Sousa pediu a renovação do estado de emergência até dia 1 do próximo mês, ou seja, mais duas semanas em relação ao estipulado agora. "Embora guardando para quinta-feira o texto que será objecto de parecer na Assembleia da República, está formada a minha convicção de prorrogar até 1 de maio às 24 horas. Irei ouvir os especialistas e será a Assembleia da República a autorizar, mas não podemos brincar em serviço. Não podemos afrouxar. Não podemos, neste momento, decisivo baixar a guarda", declarou o Presidente da República, em direto do Palácio de Belém, em Lisboa..Esta a semana, a taxa de crescimento de novos casos no país tem rondando os 6% - uma diminuição face à semana anterior. No entanto, hoje, subiu para os 10,9%, registando em números absolutos o maior aumento desde que a pandemia chegou a Portugal - 1516 casos em 24 horas..linha de variação dos casos Infogram.Estão internados 1179 doentes, destes 226 estão em unidades de cuidados intensivos (menos 15 que ontem). É o terceiro dia consecutivo que as unidades de medicina intensiva revelam uma diminuição do número de doente com covid-19. .Internamentos, urgências e recuperados Infogram.Apesar disto, a redução dos casos críticos não é acompanhada de uma diminuição da mortalidade. Nas últimas 24 horas, foram declarados mais 26 óbitos, um aumento da taxa de crescimento de novos óbitos de 6,3%. Neste momento, a taxa de letalidade (a relação entre o número de infetados e o de mortes) é de 2,8% em geral e de 10,5% no caso dos doentes com mais de 70 anos (a maioria das vitimas mortais), informou a secretária de Estado Adjunta e da Saúde, Jamila Madeira..linha de variação óbitos Infogram.Mais de metade das mortes portuguesas (240), aconteceram na região norte do país, onde se localizam a maior parte dos casos (8897 infetados). Segue-se a região centro (que tem 107 óbitos e 2197 infetados), Lisboa e Vale do Tejo (78 e 3821 casos), o Algarve (8 mortes e 279 doentes). Os Açores, que registaram o primeiro óbito ontem, têm hoje duas vitimas mortais e 94 casos. No Alentejo (125 infetados) e na Madeira (59) ainda não há mortes..Ainda assim, o município de Lisboa é o que tem um número mais elevado de infetados: 851. Na tabela da DGS, aparece depois o Porto (840)..DGS emite novas indicações sobre máscaras "nas próximas horas".Confrontada com o aconselhamento generalizado de máscaras pelo Centro Europeu de Controlo de Doenças, durante a conferência de imprensa, a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, indiciou que a DGS publicará novas orientações sobre o tema "nas próximas horas". Sem adiantar o conteúdo da norma, que ainda está a ser revista pelos técnicos da Direção-Geral da Saúde..Graça Freitas voltou ainda a reafirmar que Portugal tem seguido as boas práticas estipuladas pelas institucionais, como a Organização Mundial da Saúde..Neste momento, o uso de máscaras em Portugal está recomendado apenas a profissionais de saúde, infetados com covid-19, imunodeprimidos, pessoas que se tenham de deslocar a uma unidade de saúde, cuidadores informais, bombeiros e funcionários de morgues..Ainda durante a conferência de imprensa, Graça Freitas explicou que os idosos em lares devem ser tratados nas instituições sempre que possível. ."O que as normas dizem é que as entidades que gerem os lares terão, perante uma situação concreta, de encontrar a nível comunitário uma resposta e seguir as normas e a melhor solução possível", afirmou a diretora-geral da Saúde, sobre o aumento do número de mortos num lar em Melgaço. Acrescentando que a maior parte das pessoas podem ser tratadas no domicílio e isso não exclui os idosos em lares..Mais de 95 mil mortes no mundo por covid-19.Desde que a pandemia do novo coronavírus começou no final do ano passado na China até esta sexta-feira, já morreram 95 813 pessoas em todo o mundo, segundo dados oficiais, atualizados às 8:35.Foram infetadas mais de 1,6 milhões e recuperaram 357 181..O país com maior número de casos continua a ser os Estados Unidos (468 895), seguido de Espanha (157 022) e de Itália (143 626) - o país que regista mais mortes (18 279)..Apesar disto, Espanha - o terceiro país com mais mortos, depois de Itália e dos Estados Unidos - regista, esta sexta-feira, o menor número de óbitos dos últimos 17 dias, segundo os dados revelados, esta manha, pelas autoridades espanholas. Nas últimas 24 horas, morreram 605 pessoas. No total, desde o início do surto registaram-se 15 843 mortes..Recomendações da DGS.Para que seja possível conter ao máximo a propagação da pandemia, a Direção-Geral da Saúde continua a reforçar os conselhos relativos à prevenção: evite o contacto próximo com pessoas que demonstrem sinais de infeção respiratória aguda, lave frequentemente as mãos (pelo menos durante 20 segundos), mantenha a distância em relação aos animais e tape o nariz e a boca quando espirrar ou tossir (de seguida lave novamente as mãos). E acima de tudo: fique em casa..Em caso de apresentar sintomas coincidentes com os do vírus (febre superior a 38º, tosse persistente, dificuldade respiratória), as autoridades de saúde pedem que não se desloque às urgências, mas sim para ligar para a Linha SNS 24 (808 24 24 24) ou para a unidade de cuidados primários mais próxima.