Mãe de Alex Apolinário. "Não queria vê-lo voltar num caixão"

Jogador do Alverca teve uma paragem cardiorrespiratória durante o jogo frente ao União de Almeirim, no passado domingo. Em choque, família espera pelos trâmites legais para a trasladação do corpo para o Brasil.
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"Esta dor nunca vai sair de mim". As palavras são da mãe de Alex Apolinário, o jogador do Alverca, de 24 anos, que morreu esta quinta-feira na sequência de uma paragem cardiorrespiratória no domingo, durante o jogo frente ao União de Almeirim.

Vânia Apolinário, em declarações ao site brasileiro Globoesporte, fala na dor que está a sentir e conta que o filho "vai deixar muitas saudades". "Sinto pena dos filhos que ele deixou, a mulher que ele amava. Sempre nos ajudou. Não queria vê-lo voltar num caixão. Ele tinha muitos sonhos na vida, com os filhos, para família, deixou muita tristeza, estou com o coração partido", disse. Alex Apolinário deixa dois filhos.

Em choque, a família espera pelos trâmites legais para a trasladação do corpo para o Brasil, mais concretamente para Luís Antônio, cidade a 276 quilómetros de São Paulo. "O velório vai ser aqui, toda a família é daqui. Não sabemos ainda quando vai chegar o corpo. A minha mãe falou com o empresário e a mulher, parece que chega dentro de sete dias", referiu Fabrício, o irmão do jogador.

"Ficámos desesperados, estávamos ansiosos de o ver chegar o quanto antes, como vamos dormir? Vamos ficar à base de medicamentos", afirmou. Fabrício recordou que falou com o irmão na véspera do jogo do Alverca frente ao União de Almeirim. Lembra que Alex Apolinário estava abalado pela morte da avó, que ocorreu em setembro do ano passado, e por não ter ido ao funeral, no Brasil, por estar em semana de jogos.

Do outro do lado do Atlântico, Fabrício assistiu ao fatídico jogo, durante o qual o irmão caiu inanimado em campo. "Ele não tinha estado muito bem na partida anterior, mandou-me mensagem a dizer que estava animado, que ia fazer um bom jogo. Disse-me para acordar cedo, que o jogo ia ser às 08:00 aqui no Brasil. Liguei a internet e estava a ver, parecia um pesadelo, não queria acreditar", recorda. "Era uma pessoa sensacional, de bom caráter, alegre. Foi um choque, não faz três meses que perdemos a nossa avó, infelizmente ele não pôde estar presente, ficou abatido, é complicado neste momento falar", referiu.

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