Lituânia declara o patriarca da Igreja Ortodoxa Russa "persona non grata"

O Governo lituano incluiu o chefe da Igreja Ortodoxa Russa, o patriarca Kirill, na lista de pessoas proibidas de entrar no país devido ao seu apoio à invasão russa da Ucrânia e aos seus comentários sobre a guerra.
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O patriarca de Moscovo e de toda a Rússia foi declarado "persona non grata" em 23 de junho, informou hoje o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros lituano, Mantas Adomenas, citado no portal de notícias "Delfi".

"São sanções nacionais que podem ser aplicadas sem uma decisão europeia", disse o vice-ministro.

A decisão de vetar a entrada do patriarca deve-se à sua posição de apoio à invasão da Ucrânia e aos seus comentários, que o Governo lituano considera incitarem ao ódio contra os ucranianos, disse Adomenas.

"Ele pronunciou-se a favor da anexação da Crimeia e contra a integridade territorial da Ucrânia", acrescentou o vice-ministro, vincando que Kirill também pediu a deportação daquilo a que ele chama nazis ucranianos.

De acordo com o site "Delfi", na sequência da guerra na Ucrânia, a diocese de Vilnius da Igreja Ortodoxa Lituana enviou à Igreja Ortodoxa Russa um pedido para obter o estatuto de igreja autónoma.

Até ao momento, o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, tem vetado a inclusão do Patriarca Kyrill na lista de sanções da UE contra Moscovo.

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